Um relatório recente revelou alguns aspectos problemáticos da Gigafactory da Tesla em Austin. A reportagem do The Information divulgou que o local teve o índice de um a cada 21 trabalhadores feridos em 2022, conforme o documento de lesões enviado pela fabricante ao OSHA (Administração de Segurança e Saúde Ocupacional, na sigla em inglês), órgão de segurança do trabalho dos Estados Unidos.

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Incidentes na Gigafactory

  • Em 2021, um engenheiro se aproximou de um braço robótico que aparentemente estava desligado, mas ficou preso contra a parede após a máquina agarrá-lo quando começou a executar seus movimentos programados. Como relatou o The Verge, uma testemunha disse que o funcionário sofreu sangramentos nas costas e nos braços, e ele só foi solto depois que alguém apertou o botão de emergência.
  • Um documento enviado ao Condado de Travis, no Texas, revela incidentes de 2022, em que um trabalhador ficou preço embaixo de uma carroça, deixando-o fora do trabalho por 127 dias e um funcionário que sofreu um ferimento na cabeça, resultando no afastamento por 85 dias.
  • Perto do ano novo de 2023, um funcionário sofreu uma concussão após uma explosão na área de fundição de metal que o lançou para longe. Segundo relatos, essa explosão foi causada por uma mistura inadequada de água na prensa de alumínio fundido. Uma testemunha que viu o vídeo do ocorrido disse que a explosão resultou em uma bola de fogo e fumaça lançada no ar.
  • Em junho desse ano, trabalhadores caíram enquanto instalavam grades metálicas em passarelas elevadas da fábrica. Parte da estrutura de metal da passarela caiu em cima dos empreiteiros, deixando-os com fraturas e um pulmão perfurado. Segundo o relatório, a queda aconteceu devido à falta de equipamentos de proteção.
  • A reportagem do The Information relata outros acidentes envolvendo quedas de dutos de ar condicionado, vigas de aço e materiais de construção da fábrica do Texas.

Em agosto desse ano, o Podcast do The Verge, “Land of the Giants: The Tesla Shock Wave” conversou com funcionários descreveram a Gigafactory de Austin, Texas com uma cultura de trabalho “ultra hardcore”, forçando os trabalhadores a passarem por turnos de mais de 12 horas, problemas de saúde, condições insalubres e alegações de racismo e sexismo no ambiente de trabalho.