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Um ensaio clínico de fase um, conduzido pelo Instituto Peter Doherty de Infecção e Imunidade, apresentou os resultados promissores de dois imunizantes contra a COVID-19. Desenvolvidas em Melbourne, na Austrália, as vacinas têm o potencial de reforçar a imunidade contra as variantes do SARS-CoV-2, o vírus causador da doença.
O estudo foi publicado na revista científica eBioMedicine.
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As vacinas candidatas foram desenvolvidas pelo Instituto Peter Doherty para Infecção e Imunidade e pelo Instituto Monash de Ciências Farmacêuticas. Uma das suas características principais é o foco na resposta imunitária por meio de uma parte específica da proteína spike do vírus da COVID-19, chamada de RBD (domínio de ligação ao receptor). Essa região é responsável por produzir mais de 90% dos anticorpos neutralizantes após a infecção.
Segundo o pesquisador Terry Nolan, líder da primeira fase da pesquisa, essa característica torna as vacinas mais precisas:
Como as nossas duas vacinas concentram a resposta imunitária no domínio de ligação ao receptor [RBD], evitam respostas imunitárias inúteis contra outras partes da proteína spike e podem, portanto, fornecer uma abordagem mais eficiente para aumentar a imunidade ao vírus, apresentando um forte argumento para avançar para os ensaios clínicos de Fase 2.
Terry Nolan em entrevista para o Medical Xpress
Conforme informações divulgadas pela Medical Xpress, os pesquisadores estão atualmente explorando formas de avançar para os ensaios clínicos de fase dois.
O professor Colin Pouton, que liderou o desenvolvimento da vacina de mRNA RBD, disse ao portal que novas estratégias contra as variantes do COVID-19 são necessárias para reduzir mortes, principalmente em grupos vulneráveis. Além disso, ele ressaltou que os resultados sugerem a possibilidade de desenvolver uma vacina multivalente anual no futuro.
Esta post foi modificado pela última vez em 13 de dezembro de 2023 18:11