As manchas escuras são os raios nos anéis de Saturno (Crédito: NASA)
Quando a sonda Voyager 2 passou por Saturno em 1984, ela fez fotografias do gigante gasoso com uma resolução que nunca havíamos visto. Além de uma ondulação nos anéis, causada por uma lua pastora, a espaçonave também observou “raios” escuros no anel. 30 anos depois, fotos do Telescópio Espacial Hubble mostram esse fenômeno se movendo pelos anéis.
Desde que esses raios foram observados pela primeira vez, eles foram capturados pelos sensores da sonda Cassini e foram repetidamente fotografados pelo Hubble pelo programa Outer Planets Atmospheres Legacy (OPAL), cujo objetivo era monitorar os gigantes gasosos do Sistema Solar.
E agora, segundo o cientista-chefe do programa OPAL, Amy Simon, do Goddard Space Flight Center da NASA, Saturno está encaminhando para o seu equinócio, momento que os raios se tornarão mais comuns em seus anéis.
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Os pesquisadores acreditam que a ocorrência dos raios nos anéis de saturno está ligada ao campo magnético poderoso do planeta ao realizar alguma interação com os ventos solares. Assim, o verão saturniano, que dura cerca de 7 anos (Saturno leva cerca de 29,4 anos terrestres para realizar uma órbita), é o momento em que os anéis estão mais inclinados em direção ao Sol. A hipótese é que essa posição permite maior interação entre as partículas emitidas pelo Sol e os anéis, fazendo com que mais raios se formem.
Ainda não se sabe exatamente como os raios se formam, mas os cientistas acreditam que a interação entre o campo magnético e os ventos solares gera gelo ou poeira eletrostática que levita acima dos anéis e forma os raios.
Esta post foi modificado pela última vez em 5 de janeiro de 2024 08:46