A Unity, desenvolvedora de software de jogos, irá demitir 1.800 funcionários como parte do seu plano de reestruturação e foco no negócio principal da empresa, conforme descreveu em um documento de valores mobiliários visto pelo The Wall Street Journal. De acordo com a companhia, o objetivo maior, no entanto, é impulsionar a lucratividade da companhia.
O que você precisa saber:
- A notícia vem após a Unity enfrentar alguns conflitos com desenvolvedores;
- As novas demissões se juntam aos outros mais de 1.100 cortes que a empresa realizou desde 2021;
- Ela também fechou 14 escritórios em todo o mundo.
Leia mais!
- Crise nos jogos? Desenvolvedoras anunciam demissões; veja
- Big techs voltam a demitir funcionários nos EUA; veja empresas afetadas
- Demissões na Epic Games! Quase 900 funcionários perdem seus empregos
Após viver lucros recordes em 2022, o ano passado trouxe desafios para Unity, com a empresa não alcançando suas previsões e metas nos últimos três trimestres de 2023. Numa carta aos acionistas, ela explicou que pretendia se recuperar a partir de uma reestruturação que tornaria uma “empresa mais enxuta, mais ágil e com crescimento mais rápido”.
O posicionamento ocorreu após o CEO John Riccitiello deixar o cargo em setembro de 2023. Ele foi alvo de muitas críticas por lançar um plano de cobrança para a instalação de jogos por desenvolvedores. O diretor foi então substituído pelo ex-presidente da IBM, James Whitehurst, que hoje atua como presidente e CEO interino da empresa.
A Unity é responsável por um motor de jogos que permite criar títulos para diferentes plataformas. Seu atual produto é usado em games como Cuphead, GTFO e Kerbel Space Program.
No mais, a companhia não é a única no mercado de jogos a entrar na onda de demissões que assola o setor tech há dois anos. O The Embracer Group, dono de estúdios como Crystal Dynamics, Square Enix Montreal e Gearbox Software, demitiu mais de 900 pessoas recentemente, bem como Epic Games, Sony, CD Projekt RED e Sega.