Nanodiamantes usados no revestimento (Imagem: Reprodução/Cherry Cai, Universidade RMIT)
Quem nunca evitou roupas pretas para não passar calor em um dia de Sol? Já é senso comum que algumas cores e tecidos “esquentam” mais do que outras. Um estudo foi além e inventou um tipo de revestimento que literalmente retira o calor do corpo. O segredo para isso foi nanodiamantes.
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Uma equipe de cientistas da Universidade de RMIT (Austrália) fez teste com roupa de nanodiamantes que faz o calor sair do corpo, refrescado a pessoa que usa a peça de roupa.
Ao contrário do que parece, os nanodiamantes não são caros como os diamantes. Na verdade, são partículas de diamante em nanoescala, fabricadas de maneira fácil e barata com a mesma estrutura do seu homólogo.
Isso permite manter propriedade importante: a condutividade térmica ou, em outras palavras, a capacidade de conduzir calor. Veja como o revestimento de nanodiamantes foi feito:
O revestimento foi testado em situação de calor extrema. Uma face de algodão revestida com o nanodiamante foi aproximada de uma placa aquecida a 100 °C durante dez minutos, depois removida e deixada esfriar por mais dez minutos.
Em comparação com uma amostra de algodão sem o revestimento, o “tecido” de nanodiamantes liberou de 2 °C a 3 °C mais calor do lado revestido durante o período de resfriamento, além de proteger melhor contra luz ultravioleta.
Do lado contrário, o revestimento teve permeabilidade e absorção de umidade pior do que o algodão não tratado.
Shadi Houshyar, uma das pesquisadoras envolvidas, disse que pode parecer que 2 °C ou 3 °C não sejam muita coisa, mas faz diferença na saúde durante longos períodos. E há mais potencial:
Embora 2 °C ou 3 °C possam não parecer grande mudança, fazem diferença no conforto e nos impactos na saúde durante longos períodos e, em termos práticos, podem ser a diferença entre manter o ar condicionado desligado ou ligá-lo. Também há potencial para explorar como os nanodiamantes podem ser usados para proteger edifícios do superaquecimento, o que pode levar a benefícios ambientais.
Shadi Houshyar, uma das pesquisadoras do experimento
Esta post foi modificado pela última vez em 15 de fevereiro de 2024 20:18