Imagem: Monterey Bay Aquarium Research Institute (MBARI)
Há cerca de 183 milhões de anos, uma lula vampiro morreu sufocada no fundo do mar. Distraída na caçada por suas presas, a criatura de oito braços acabou afundando em uma região de água sem oxigênio, se tornando um remanescente congelado do passado.
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Fósseis deste calibre raramente se formam ou “sobrevivem” por muito tempo. Alguns dos melhores já encontrados foram formados quando o oxigênio nos oceanos ainda era relativamente escasso, há cerca de 183 milhões de anos. As condições hipóxicas não apenas impedem a decomposição, mas também evitam que eles sejam consumidos por outros animais, destaca o Sciencealert.
Neste caso, quando a lula vampiro acidentalmente afundou em águas hipóxicas, ela ficou enterrada no fundo do mar, protegida da decomposição e dos elementos por dezenas de milhões de anos.
Apesar do nome, as lulas vampiros não são realmente lulas. São pequenos cefalópodes relacionados aos polvos. Embora se assemelhem um pouco, os seus oito braços estão ligados por uma espécia de teia de pele que cria uma pequena “rede de pesca”.
No Jurássico, elas viviam nas águas rasas e profundas dos oceanos de todo o mundo. Hoje, porém, existe apenas uma espécie viva de lula vampiro, a “Vampyroteuthis infernalis“, também parecida com um polvo, mas com pele vermelha escura e olhos vermelhos.
Vale ressaltar que a descoberta da lula vampiro extinta é única em sua ordem. Comparado com outros fósseis encontrados, incluindo aqueles desenterrados no mesmo depósito perto de Luxemburgo, este tem apenas oito braços compostos por quatro pares. Outros fósseis de vampiros extintos geralmente têm cinco pares de braços (ou pelo menos quatro com um “quinto par” rudimentar).
Sem mais dados, os paleontólogos ainda não podem dizer ao certo por que ou quando este quinto par foi perdido com o passar do tempo.
O estudo foi publicado no Swiss Journal of Palaeontology.
Esta post foi modificado pela última vez em 1 de março de 2024 15:58