(Imagem: MargJohnsonVA / Shutterstock.com)
Ontem foi 29 de fevereiro, dia que só acontece no que é chamado de ano bissexto. A cada quatro anos, um dia extra é adicionado ao calendário gregoriano, fazendo com que fevereiro tenha 29 dias, em vez dos 28 usuais.
Os dias e meses bissextos estão lá para compensar nossos calendários que não correspondem exatamente ao ano solar. A principal consequência de não ter um ano bissexto é que os dias começam a se desviar.
Leia mais:
Essa animação do astrônomo Dr. James O’Donoghue mostra claramente como esse desvio ocorre. Vale destacar que o vídeo apresenta as estações do ano do Hemisfério Norte. Aqui no Hemisfério Sul, o inverno vai de junho a setembro, a primavera de setembro a dezembro, o verão de dezembro a março e o outono de março a junho.
Isso não teria muitas consequências no mundo real, embora possa ser um incômodo para quem depende das estações do ano para o trabalho (como agricultores) em vez de definir arbitrariamente datas para projetos. Também poderia, como aconteceu antes da introdução do calendário gregoriano, realmente afetar festivais religiosos.
O calendário gregoriano foi introduzido depois que a Páscoa começou a se afastar do equinócio vernal. Tempo suficiente sem anos bissextos, e pode acabar fazendo muito frio em pleno Carnaval, ou quem sabe (finalmente) vermos neve no Natal no sul do Brasil. Já pensou?
[O lendário rei de Roma, Numa Pompílio] Numa, [calculou] a diferença entre o ano lunar e solar em onze dias, pois a lua completava seu curso anual em trezentos e cinquenta e quatro dias, e o sol em trezentos e sessenta e cinco.
Para remediar essa incongruência [Numa] duplicou os onze dias e, a cada dois anos, adicionou um mês intercalar, para seguir fevereiro, consistindo de vinte e dois dias e chamado pelos romanos de mês Mercedinus. Essa emenda, no entanto, com o tempo, veio a precisar de outras emendas.
Plutarco em The Life of Numa, por volta do início do segundo século d.C.
Esta post foi modificado pela última vez em 1 de março de 2024 20:56