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Novas evidências científicas indicam a existência de uma ligação entre as ondas de calor, cada vez mais frequentes, e o risco elevado de nascimentos prematuros. A pesquisa em questão analisou dados de 53 milhões de mulheres grávidas durante 25 anos nos Estados Unidos e descobriu que, à medida que a temperatura das regiões estudadas aumentava, o número de bebês nascidos antes do tempo também crescia.
O estudo foi publicado na revista JAMA Network Open.
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As épocas mais quentes do ano não são as únicas a afetarem a gravidez. Longos períodos de temperaturas acima da média também podem causar danos. Um estudo de 2020 revelou que o calor acumulado durante toda a gestação também aumenta o risco de partos prematuros.
O impacto não se limita às grávidas. Pesquisas anteriores já ligaram ondas de calor prolongadas ao aumento de internações, suicídios e mortes. Durante o verão europeu de 2022, cerca de 62 mil pessoas faleceram por causas relacionadas ao calor. Espera-se que até 2080, grandes cidades dos EUA e da Austrália registrem quatro vezes mais mortes devido ao aumento das temperaturas.
Segundo a equipe de pesquisa, compreender como o calor extremo afeta a gravidez e os nascimentos prematuros permite uma melhor preparação por parte das autoridades de saúde, decisores políticos e médicos para lidar com a situação. Isso ajuda a identificar quem é mais vulnerável ao calor e como podem ser protegidos.
A ligação cada vez mais clara entre as ondas de calor e os danos causados às grávidas e aos bebês proporciona um impulso importante para abordar as causas profundas da nossa crescente exposição às ondas de calor e investir em estratégias adaptativas para reduzir os seus efeitos à escala das cidades, bairros e casas individuais
Trecho da pesquisa
Esta post foi modificado pela última vez em 28 de maio de 2024 18:15