Imagem: Flecha/Shutterstock
A Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu um alerta para os impactos do tráfico de animais e plantas. De acordo com o último Relatório Mundial de Crimes contra a Vida Selvagem, cerca de 4 mil espécies são ameaçadas pela prática criminosa.
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O levantamento aponta, por exemplo, que os corais representaram 16% dos casos de tráfico, seguidos pelos crocodilos, com 9%. Os elefantes somam 6% (eram 16% no período entre 2005 e 2014).
A ONU destaca que o número de crimes é alto, mas que há subnotificação, o que faz do problema ainda maior. Alguns dos obstáculos citados são a corrupção e problemas no processo de fiscalização.
A tecnologia também está ajudando os criminosos. Durante a pandemia de Covid-19, grande parte do comércio de animais silvestres passou a ser online, tornando ainda mais difícil para as autoridades fazer uma fiscalização adequada deste processo.
O que move os criminosos é o alto valor financeiro de animais exóticos, além de uma demanda crescente por répteis. Mas as espécies traficadas também estão sendo usadas para outros fins, como moda, medicamentos tradicionais e para o desenvolvimento de drogas, caso de um sapo venenoso famoso por suas toxinas psicodélicas, por exemplo.
O relatório também aponta que o tráfico de animais silvestres contribuiu para extinções locais ou globais de algumas das espécies mais impactadas, como orquídeas raras, suculentas e répteis. Além disso, a circulação ilegal de animais pode facilitar a propagação de novas doenças, aumentando os riscos para a saúde pública.
Outro ponto destacado é o impacto para as mudanças climáticas, a partir do desequilíbrio causado na natureza. Dessa forma, a ONU pede maiores esforços e a união de governos ao redor do mundo para coibir os crimes.
Esta post foi modificado pela última vez em 11 de junho de 2024 12:09