Imagem: Mau47/Shutterstock
O governo dos Estados Unidos tem adotado sanções cada vez mais firmes contra a China. Um dos principais objetivos é impedir que Pequim tenha acesso aos chips semicondutores que precisa para rivalizar com os EUA na disputa pela hegemonia tecnológica mundial. Apesar disso, os chineses continuam tendo acesso aos equipamentos, como os da Nvidia, por exemplo, através de uma rede complexa e difícil de ser rastreada.
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A Nvidia não vende seus chips de data center individualmente, nem os fornece diretamente a seus clientes. Em vez disso, a empresa os envia para terceiros, como a Dell Technologies e a Supermicro, que disponibilizam os servidores ou sistemas de IA totalmente prontos aos clientes.
O que acontece, segundo a reportagem, é que estes fornecedores geralmente encomendam mais chips do que precisam, um método para evitar possíveis desabastecimentos. Dessa forma, os dispositivos podem acabar caindo nas mãos de intermediários.
A Dell e a Supermicro afirmam que cumprem todos os controles de exportação dos EUA. Já a Nvidia garante que não vende seus chips avançados para a China e que trabalha com seus parceiros para cumprir as regras. O Departamento de Comércio dos Estados Unidos, por sua vez, não se pronunciou sobre o assunto.
Segundo analistas, este tipo de contrabando de chips é muito difícil de ser combatido. Isso acontece, em parte, porque os componentes de tecnologia não estão sujeitos a nenhuma restrição de exportação local na sua origem, caso de Cingapura, por exemplo.
Esta post foi modificado pela última vez em 13 de agosto de 2024 10:45