Empresas do setor se defendem (Imagem: Andrey_Popov/Shutterstock)
O consumo excessivo de álcool pode gerar uma série de problemas de saúde, como doenças cardiovasculares, cirrose hepática, pancreatite e outros. As consequências de beber demais já foram abordadas de várias maneiras em campanhas de saúde para tentar reduzir o consumo da população. Mas é ao associar a bebida ao risco de câncer, conforme a quantidade de copos tomados, que parece ter o melhor efeito.
A conclusão é de um estudo de 2021, dividido em três fases, realizado com mais de 7 mil habitantes da Austrália, representando a parcela da população que consome álcool. Os resultados são descritos em um artigo publicado na revista Addictive Behaviors.
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A maioria das pessoas não sabe que a bebida alcoólica também pode causar câncer. Por isso, informar a população é uma ação importante. No entanto, isso não é suficiente para reduzir o consumo. “Também precisamos dar a elas [as pessoas] maneiras de agir para reduzir seus riscos”, explicou Simone Pettigrew no portal do The George Institute for Global Health, após o anúncio da descoberta.
Apesar do esforço das agências de saúde em dificultar o acesso a bebidas alcoólicas, tornando-as mais caras, no final das contas, as escolhas pessoais terão o maior peso na decisão de mudar o consumo de álcool a longo prazo. Entender como as campanhas podem influenciar esse comportamento é uma forma inteligente de alcançar esse objetivo.
Há recursos limitados disponíveis para campanhas de redução de danos causados pelo álcool, por isso é importante descobrir quais mensagens repercutem melhor para garantir que tenham mais chances de funcionar.
Simone Pettigrew, do The George Institute for Global Health
Esta post foi modificado pela última vez em 17 de setembro de 2024 19:07