(Imagem: Alex Photo Stock/Shutterstock)
O ecossistema de anúncios (ads) do Google é fechado pelo bem da segurança do usuário e das empresas. Pelo menos, essa é a defesa apresentada pela big tech quando o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) alegou conduta anticompetitiva.
De um lado, o DOJ argumenta que o Google monopolizou o mercado de tecnologia de anúncios para aumentar seus lucros. De outro, testemunhas da empresa afirmam que a conduta apontada como anticompetitiva pelo DOJ tem propósitos comerciais justificáveis. As informações e análises são do site The Verge.
Os tais propósitos comerciais justificáveis foram enfatizados por dois executivos do Google: Per Bjorke, diretor de gerenciamento de produtos para a qualidade do tráfego de anúncios, e Alejandro Borgia, diretor de gerenciamento de produtos para a segurança de anúncios.
Bjorke, cuja equipe se concentra em editores (publishers), descreveu o trabalho do Google para combater fraudes de cliques por meio de sites duvidosos.
Do lado dos anunciantes, milhões de inscrições são bloqueadas a cada ano com base em sinais de intenção maliciosa, disse Borgia.
Ambos afirmaram que:
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Quando o Google teve oportunidades de abrir seu ecossistema, a empresa ponderou os custos de segurança, disse Bjorke.
No início da década de 2010, por exemplo, a rede de anúncios do Google Ads considerava permitir que sua enorme base de anunciantes fizesse lances em diferentes bolsas além da própria AdX, do Google. O projeto foi chamado de AWBid.
Bjorke insistiu que o Google não bloqueia concorrência, mas sim tenta ajudá-la. Após uma grande fraude publicitária online, ele diz que o Google percebeu que poderia seguir um de dois caminhos:
A empresa escolheu a segunda opção. E isso significou mais trabalho para o Google, disse Bjorke. Mas abordou uma perda de confiança potencialmente catastrófica na publicidade digital.
E agora? Bom, até o momento o Google tem se apoiado num precedente da Suprema Corte segundo o qual não pode ser forçado a negociar com rivais. Agora, a big tech alega que interoperabilidade tem riscos tangíveis e pragmáticos. A ver se vai colar.
Esta post foi modificado pela última vez em 27 de setembro de 2024 14:02