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A vacina Comirnaty ômicron JN.1, adaptada às variantes do SARS-CoV-2 e desenvolvida pela BioNTech e Pfizer, teve sua eficácia comprovada em um estudo conduzido por pesquisadores da Escola Médica de Hannover (MHH), na Alemanha. O imunizante foi liberado para comercialização na União Europeia no final de junho deste ano.
Atualmente, a Alemanha enfrenta uma onda de outono do coronavírus. O estudo, realizado em parceria com o Centro Alemão de Primatas, reforça a necessidade de atualizações constantes nas vacinas contra a Covid-19 para controlar a situação. Detalhes da investigação foram publicados na revista The Lancet Infectious Diseases.
A vacina Comirnaty ômicron JN.1 é um novo reforço de mRNA que começou a ser desenvolvido em agosto de 2024, para combater especificamente as variantes do coronavírus, em particular a ômicron JN.1 e suas sublinhagens KP.2 e KP.3.
Como outras vacinas de mRNA, ela funciona fornecendo ao corpo o RNA mensageiro que carrega as instruções genéticas para produzir a proteína spike do vírus — a estrutura na superfície do coronavírus responsável por sua entrada nas células humanas.
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Ao gerar essa proteína em uma forma não infecciosa, o sistema imunológico a reconhece como uma ameaça, ativando uma resposta de defesa e desenvolvendo proteção imunológica contra a infecção real. Essa versão da vacina é chamada de monoclonal, pois contém apenas o mRNA da variante ômicron JN.1, garantindo uma adaptação mais precisa às variantes atuais do vírus.
Em junho, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou sua autorização para uso com base na proteína spike dessa nova variante, mas os dados clínicos sobre sua eficácia em humanos ainda eram limitados.
O Comitê Permanente de Vacinação Alemão (STIKO) recomenda a vacinação de reforço com a Comirnaty ômicron JN.1 para pessoas com 60 anos ou mais ou que, por algum motivo particular — como doenças subjacentes —, estejam no grupo de risco. Funcionários da área da saúde e residentes de lares de idosos também estão na lista de recomendação.
A imunização de reforço contra a Covid-19 deve ser feita anualmente no país, assim como acontece com a vacinação contra a gripe. No momento, BioNTech, Pfizer e Moderna estão focando em desenvolver uma vacina combinada que forneça proteção simultânea contra o coronavírus e o vírus da gripe.
Esta post foi modificado pela última vez em 27 de setembro de 2024 14:59