Covid-19: vírus está desenvolvendo resistência a medicamentos
Imagem: Shutterstock/Ninc Vienna
O SARS-CoV-2, vírus causador da Covid-19, está desenvolvendo resistência a dois tipos de medicamentos antivirais utilizados para combater a infecção. Esses tratamentos são voltados para pacientes que não desenvolveram proteção contra a doença por algum motivo.
As evidências foram coletadas em dois estudos diferentes: o primeiro foi conduzido pela Cornell University e pelo National Institutes of Health, e o segundo pela Universidade de Pittsburgh e pelo Brigham and Women’s Hospital.
Medicamentos antivirais perdem força com o tempo
Um dos principais esforços dos cientistas que investigam a Covid-19 é desenvolver e aprimorar tratamentos eficazes para pessoas infectadas pelo vírus, especialmente aquelas que não foram vacinadas ou que possuem um sistema imunológico comprometido.
Entre essas opções terapêuticas atuais estão os antivirais remdesivir e nirmatrelvir. No entanto, eles estão perdendo eficácia. É comum que um vírus sofra mutações ao longo do tempo e se torne mais resistente a certos medicamentos. Dessa forma, já era esperado que isso acontecesse.
O remdesivir é um antiviral injetável que impede a replicação do vírus no organismo- Imagem: Bernard Chantal/Shutterstock
Sequenciamento de DNA revela resistência do vírus
No primeiro estudo, pesquisadores investigaram como pacientes com sistemas imunológicos comprometidos reagiram ao tratamento com o antiviral remdesivir.
Eles sequenciaram o DNA do vírus em 15 pacientes e descobriram que ele desenvolveu resistência tanto ao remdesivir quanto ao nirmatrelvir.
O vírus mutado, resistente aos antivirais, ainda conseguia infectar outras pessoas próximas.
No entanto, o uso combinado dos dois antivirais conseguiu eliminar o vírus nos pacientes.
Apesar das mutações, a combinação dos dois medicamentos pode ser uma estratégia eficaz contra o vírus resistente.
As novas descobertas servem de alerta principalmente para os casos em que o indivíduo não se vacinou. Quando o organismo não desenvolve uma proteção contra a infecção — possibilitada pela imunização —, o risco da doença ser mais grave e de que certos tratamentos não sejam efetivos aumenta. Portanto, a melhor forma de evitar complicações maiores é se vacinar.
Esta post foi modificado pela última vez em 4 de agosto de 2025 17:34