(Crédito: Gorodenkoff/ Shutterstock)
Os neandertais costumam ser descritos como brutos e pouco inteligentes em relação ao Homo sapiens. No entanto, diversos estudos estão modificando a imagem que se tem sobre a espécie que coabitou o planeta por pelo menos 2,8 mil anos com os homens modernos. Uma das novas descobertas diz respeito ao cérebro dos nossos “parentes” antigos.
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Estudos mais recentes começaram a lançar luz sobre o cérebro neandertal. A conclusão é que ele era aproximadamente do mesmo tamanho ou até um pouco maior que o cérebro humano. No entanto, apresentava uma forma diferente.
Um estudo com 32 humanos modernos e 13 crânios neandertais sugeriu que estes últimos tinham áreas maiores de seus cérebros dedicadas à visão. Eles também tinham olhos maiores do que os humanos modernos.
Segundo os pesquisadores responsáveis pelo trabalho, os corpos maiores também exigiam mais espaço cerebral para controlar o movimento. Isso teria deixado menos peso cognitivo para realizar um processamento social complexo, o que pode ter significado que eles eram menos capazes de formar grupos sociais robustos.
Uma outra análise desenvolveu reconstruções 3D dos cérebros de ambos os hominídeos. Os modelos revelaram cerebelos menores no cérebro neandertal, o que pode ter diminuído sua função cognitiva e social.
Mais recentemente, pesquisadores conseguiram extrair um gene neandertal de amostras de DNA antigas. Eles inseririam esta amostra no cérebro de furões e camundongos, bem como em organoides “mini-cérebro” feitos de células-tronco humanas.
Nos cérebros semeados com DNA neandertal, as novas células cerebrais se formaram mais lentamente durante o desenvolvimento, sugerindo que elas podem ter tido um pico cognitivo mais baixo do que o Homo sapiens. Novos estudos continuam sendo feitos para determinar quais eram as capacidades desta antiga espécie.
Esta post foi modificado pela última vez em 7 de outubro de 2024 14:54