Artérias humans e o que é transmitido dentro delas (Reprodução: Dall-E/ChatGPT)
Quanto mais a ciência investiga, mais plástico é encontrado no corpo humano. Há quase três anos, médicos identificaram microplásticos em placas de gordura removidas das artérias humanas.
Uma pesquisa sobre o caso, publicada recentemente, revelou que mais da metade dos pacientes estudados possuía quantidades significativas de partículas plásticas no organismo. Além disso, associou o material a um risco maior de problemas cardíacos.
A investigação, liderada por pesquisadores da Universidade da Campânia, foi publicada na revista The New England Journal of Medicine.
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Essa não é a primeira vez que os riscos dos microplásticos à saúde cardíaca são investigados. Pesquisas anteriores já mostraram como o material pode causar danos ao desencadear inflamação e estresse oxidativo nas células do coração. Além disso, estudos apontam que os microplásticos podem comprometer a função cardíaca, alterar a frequência dos batimentos e causar cicatrizes em animais, como camundongos. Raffaele Marfella, autor do estudo, destacou:
Dados observacionais também sugerem um risco maior de doenças cardiovasculares entre pessoas expostas à poluição relacionada a plásticos, incluindo cloreto de polivinila, do que o observado na população em geral.
Techo do artigo
Vale lembrar que o novo estudo é observacional, ou seja, não comprova que os microplásticos causam danos cardíacos, apenas identifica uma associação. Além disso, não foram considerados fatores de risco como tabagismo, inatividade física e poluição do ar.
Esta post foi modificado pela última vez em 22 de novembro de 2024 15:22