Bactérias dentro do corpo humano (Imagem: wildpixel/iStock)
Um dos maiores desafios da medicina atualmente diz respeito a resistência das bactérias aos antibióticos. Esta é a causa de 1,27 milhão de mortes em todo o mundo em 2019, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
De forma resumida, o uso indiscriminado dos medicamentos está fazendo com que estas bactérias se adaptem a eles. Isso torna os organismos mais resistentes aos tratamentos e potencialmente perigosos para a saúde humana.
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A bactéria considerada mais perigosa é a Klebsiella pneumoniae. Presente nos intestinos e nas fezes humanas, faz parte de categoria ‘crítica’ contra as quais o desenvolvimento de novos remédios é mais urgente.
Ela pode causar pneumonia, envenenamento do sangue e infeccionar feridas. Se a bactéria entrar no sistema nervoso, ainda pode causar meningite. Nos hospitais, a Klebsiella pneumoniae pode evoluir e se tornar a chamada superbactéria, que se espalha rapidamente, além de ser multirresistentes, o que faz com que os tratamentos com vários antibióticos sejam ineficazes.
A segunda mais perigosa é a Escherichia coli (E. coli). Ela é geralmente encontrada no intestino humano e de animais, mas também pode ser encontrada no meio ambiente, nos alimentos e na água. A maioria dos tipos desta bactéria são inofensivos, mas alguns podem causar doenças, como diarreia, infecções urinárias, pneumonia e sepse.
Também aparece na lista a Acinetobacter baumannii, um patógeno bacteriano oportunista emergente associado a infecções hospitalares. O risco de infecção aumenta conforme o tempo em que os pacientes permanecem hospitalizados. Pessoas com sistemas imunológicos vulneráveis estão particularmente em risco.
Outra bactéria considerada perigosa é a Mycobacterium tuberculosis (TB). Ela causa tuberculose, doença que matou 1,25 milhões de pessoas em 2023, e algumas cepas são multirresistentes, ou seja, não respondem mais a vários medicamentos.
Esta post foi modificado pela última vez em 27 de novembro de 2024 15:01