Guerra comercial: China proíbe exportação de minerais para os EUA

As tensões entre China e Estados Unidos continuam aumentando. Nesta terça-feira (3), o governo chinês anunciou a proibição de exportações de gálio, germânio e antimônio, minerais que têm potenciais aplicações militares, para os norte-americanos.

A decisão foi tomada um dia após a Casa Branca impor uma nova rodada de restrições ao setor de semicondutores de Pequim. Segundo analistas, a tendência é de acirramento da nova guerra comercial entre as duas maiores potências globais.

China é a maior produtora dos minerais

Na decisão, o Ministério do Comércio da China citou preocupações de segurança nacional e determinou a proibição de forma imediata da exportação dos chamados itens de uso duplo militar-civil. Pequim já havia começado a implementar limites sobre a venda de minerais essenciais no ano passado.

Gálio e germânio são usados ​​em semicondutores, enquanto o germânio também é utilizado em tecnologia infravermelha, cabos de fibra ótica e células solares. Em 2024, os chineses foram responsáveis por 59,2% da produção de germânio refinado e 98,8% da produção de gálio refinado, de acordo com a consultoria Project Blue.

Já o antimônio tem seu principal uso na confecção de baterias de automóveis, além de ser protagonista na indústria bélica, sendo usado em munição, mísseis infravermelhos, armas nucleares e óculos de visão noturna. No ano passado, a China foi responsável por 48% do antimônio extraído no mundo. As informações são da Reuters.

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Guerra comercial está em pleno vapor

• Analistas já consideram em andamento uma nova guerra comercial entre chineses e norte-americanos.
• Nesta segunda, os Estados Unidos anunciaram a terceira rodada de restrições em três anos contra a indústria de semicondutores da China.
• A medida proíbe exportações para 140 empresas chinesas, incluindo a fabricante de equipamentos para microchips Naura Technology Group.
• A tendência, no entanto, é que a situação piore ainda mais com a chegada de Donald Trump à Casa Branca.
• O republicano prometeu aplicar tarifas de ao menos 10% sobre todos produtos chineses.