Imagem: Blue Titan/Shutterstock
A Covid longa, caracterizada pela persistência dos sintomas após a recuperação da infecção, afetou milhões de pessoas ao redor do mundo, a maioria delas mulheres. Cientistas descobriram que diferenças imunológicas entre os sexos podem explicar por que elas são mais vulneráveis à condição.
O estudo foi conduzido pela Universidade de Stanford e contou com 45 participantes que contraíram a infecção em 2020, dos quais 36 desenvolveram Covid longa. Desses, 55% eram mulheres. Os resultados foram divulgados no Science Translational Medicine.
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Após uma infecção viral, algumas pessoas podem desenvolver condições crônicas que duram meses ou até anos. Isso não acontece apenas com a Covid-19, mas com outros vírus também.
Por exemplo, a poliomielite pode levar a uma condição chamada síndrome pós-poliomielite, que causa fraqueza muscular e cansaço, e as mulheres têm mais chances de desenvolvê-la. Já o sarampo pode resultar em uma doença rara chamada panencefalite esclerosante subaguda, que prejudica o cérebro e é fatal, sendo mais comum em homens. A encefalite letárgica, ligada à gripe de 1918, também afetou muitas pessoas, com mulheres tendo mais risco de morte.
Entender por que certas doenças pós-virais afetam de maneira diferente cada sexo ajuda a aprimorar os tratamentos. No caso da Covid longa, as novas evidências revelam a necessidade de terapias distintas para homens e mulheres. Adaptar o tratamento com base nas características imunológicas específicas de cada sexo pode tornar a abordagem mais eficaz.
Esta post foi modificado pela última vez em 23 de dezembro de 2024 12:11