Incêndio na Amazônia. Crédito: Toa55/Shutterstock
As autoridades dos Estados Unidos estão usando todas as ferramentas possíveis para combater os incêndios florestais sem precedentes que atingem a região de Los Angeles, na costa oeste do país. As chamas já deixaram 25 mortos e consumiram mais de 156 quilômetros quadrados.
Uma das tentativas mais recentes dos bombeiros é despejar água do mar diretamente nos focos das queimadas. Isso acontece devido ao suprimento limitado de água doce e pode causar uma série de efeitos negativos.
Cientistas explicam que usar a água do mar para combater incêndios é uma solução rápida, mas arriscada. Um dos problemas é o risco relacionado às ondas do oceano e ao vento forte que costuma soprar na região. Além disso, a água salgada corrói o equipamento de combate a incêndios e pode prejudicar os ecossistemas, especialmente os matagais chaparrais localizados ao redor de Los Angeles e que normalmente não são expostos à água do mar.
Embora as consequências disso ainda não sejam bem compreendidas, alguns estudos mostram que a água do mar pode devastar florestas inteiras. É o que afirma Patrick Megonigal, diretor associado de Pesquisa da Instituição Smithsonian, em artigo publicado no The Conversation.
Experimentos apontam que o sal pode mudar a química e a estrutura do solo por muitos anos, gerando impactos a todos os seres vivos que dependem destes ecossistemas. Dessa forma, o combate aos incêndios em Los Angeles se transformou em uma enorme pesquisa sobre os impactos do uso da água do mar em uma região tão seca e já devastada pelas chamas.
Estes resultados ainda podem indicar o futuro do nosso planeta, uma vez que as mudanças climáticas estão causando o aumento do nível do mar, o que leva cada vez mais água salgada para regiões de terra firme.
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Esta post foi modificado pela última vez em 14 de janeiro de 2025 09:29