CEO diz que plataforma seguirá defendendo liberdade de expressão dos usuários (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)
Nesta sexta-feira (17), o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, manifestou publicamente sua gratidão ao presidente eleito Donald Trump pelo apoio na tentativa de preservar o funcionamento da plataforma de vídeos curtos nos Estados Unidos.
A declaração foi feita dois dias antes da proibição do aplicativo, prevista para entrar em vigor no domingo (19), em consequência de uma decisão da Suprema Corte e de uma lei que considera o TikTok ameaça à segurança nacional.
Confira o vídeo abaixo:
@shou.time Our response to the Supreme Court decision @TikTok ♬ original sound – Shou
O futuro do TikTok nos EUA vem sendo debatido desde o governo Trump em 2020, quando o então presidente assinou ordem executiva determinando o banimento do aplicativo, caso ele permanecesse sob o controle da empresa chinesa ByteDance. Na época, alegou-se que os dados coletados pelo TikTok poderiam ser usados pelo governo chinês para espionagem.
Posteriormente, um acordo foi proposto para que as empresas estadunidenses Oracle e Walmart assumissem participações significativas no TikTok, permitindo a continuidade da operação nos EUA.
No entanto, o plano foi abandonado durante o governo de Joe Biden, que não avançou na questão até que o Congresso aprovasse, em abril de 2024, uma lei exigindo o desinvestimento da ByteDance como condição para o funcionamento do TikTok no país. A Suprema Corte confirmou a constitucionalidade da lei nesta sexta-feira (17), tornando o banimento iminente.
Uma das poucas opções restantes para evitar a proibição seria a ByteDance vender as operações estadunidenses do TikTok. Apesar de rumores de negociações entre autoridades chinesas e o bilionário Elon Musk, dono do X, a rede social chinesa negou a existência de qualquer conversa formal.
A venda, no entanto, enfrenta resistência tanto da ByteDance quanto de Pequim, que vê o TikTok como importante ferramenta de soft power no cenário global. Analistas apontam que a complexidade geopolítica pode dificultar qualquer acordo no curto prazo.
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Trump, que tomará posse na segunda-feira (20), prometeu agir rapidamente para reverter o banimento do TikTok. Durante sua campanha presidencial de 2024, ele usou a plataforma para se conectar com o público jovem e consolidar sua base de eleitores, prometendo “salvar o TikTok” caso fosse eleito.
Apesar das críticas que enfrentou por sua postura anterior contra a rede social, Trump parece disposto a negociar com a ByteDance e explorar soluções que mantenham o TikTok acessível nos EUA, enquanto aborda preocupações com a segurança nacional.
O banimento iminente do TikTok afeta não apenas seus usuários, mas, também, milhões de criadores de conteúdo, empresas e marcas que dependem da plataforma para alcançar seus públicos. O CEO da plataforma destacou que a rede social continuará buscando alternativas para proteger a criatividade e a liberdade de expressão de seus usuários.
“Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para assegurar que a plataforma prospere como sua casa on-line para criatividade ilimitada e descobertas, assim como uma fonte de inspiração e alegria”, declarou Chew ao encerrar seu pronunciamento.
Com a proibição prevista para domingo (19) e Trump assumindo o cargo no dia seguinte, o destino do TikTok nos Estados Unidos permanece incerto. Enquanto isso, a ByteDance e a administração do presidente eleito precisarão decidir, rapidamente, se uma solução viável pode ser alcançada para evitar que milhões de estadunidenses percam acesso à popular plataforma.
Esta post foi modificado pela última vez em 17 de janeiro de 2025 19:00