Elon Musk é o escolhido de Trump para liderar projeto ambicioso de corte de gastos (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)
O empresário bilionário Elon Musk, dono de empresas, como Tesla, X e SpaceX, e Vivek Ramaswamy, empresário e ex-candidato à presidência dos Estados Unidos, estão à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), iniciativa que busca reduzir custos no governo dos Estados Unidos.
Com meta de economizar até US$ 2 trilhões (R$ 12,09 trilhões, na conversão direta), o grupo reúne bilionários e especialistas para usar tecnologia e desregulamentação na identificação de desperdícios no orçamento federal.
O plano do projeto envolve abordagem prática e tecnológica para transformar a administração pública. Os participantes, muitos deles executivos do Vale do Silício, serão destacados para agências federais, onde aplicarão suas habilidades em áreas específicas. Além disso, o grupo pretende utilizar ferramentas, como inteligência artificial (IA), para encontrar ineficiências e propor cortes estratégicos.
No entanto, a iniciativa enfrenta desafios. Especialistas alertam que alcançar uma economia de US$ 2 trilhões (R$ 12,09 trilhões) pode ser inviável caso programas populares não sejam impactados. Apesar disso, Musk e Ramaswamy acreditam que desregulamentações e soluções tecnológicas inovadoras podem trazer resultados significativos sem a necessidade de cortes impopulares.
De acordo com o The New York Times, a estrutura do DOGE ainda é pouco definida e cercada de sigilo. Pessoas envolvidas afirmam que evitar vazamentos é prioridade. Para isso, a comunicação ocorre principalmente pelo Signal, aplicativo de mensagens criptografadas. Trump destacou que a equipe tem, como objetivo, promover “mudança drástica” e oferecer conselhos sobre cortes de gastos desnecessários.
Os representantes serão alocados em agências federais, mas o grupo não será formalizado como entidade externa. Em vez disso, funcionará como rede de líderes conectados por chats e leais a Musk e a Ramaswamy. Para alguns, a iniciativa parece ingênua. Já defensores, como o empresário Trevor Traina, consideram o projeto um serviço à nação inspirado nos ideais da fundação dos EUA.
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As metas ambiciosas do DOGE enfrentam ceticismo de especialistas em orçamento. Musk sugeriu que o projeto poderia economizar “pelo menos US$ 2 trilhões [R$ 12,09 trilhões]” em um orçamento federal de US$ 6,75 trilhões (R$ 40,83 trilhões). Contudo, analistas afirmam que esse objetivo seria inviável sem cortes em programas populares, como o Medicare e a Seguridade Social, que Trump prometeu preservar.
Musk e Ramaswamy têm ajustado a visão de sucesso para o projeto. Ramaswamy destacou, em postagem recente em redes sociais, que a principal meta do DOGE é promover a desregulamentação. Ele acredita que a redução de regulações pode estimular a economia e gerar crescimento. Para ele, “o sucesso do DOGE não se mede apenas pela redução do déficit“.
A nova abordagem foca em equilibrar economia e estímulo econômico. A estratégia visa, ainda, promover mudanças estruturais que gerem eficiência e impacto duradouro. Musk e Ramaswamy, agora, buscam justificar os esforços do DOGE, enquanto enfrentam críticas e prometem transformar a administração pública de forma inovadora.
Esta post foi modificado pela última vez em 21 de janeiro de 2025 02:09