Queda da taxa de desmatamento da Amazônia em 2023 reduziu a poluição climática. (Imagem: PARALAXIS / Shutterstock.com)
Conceder milhares de hectares de florestas desmatadas para a iniciativa privada. Esta é a medida estudada pelo governo federal e pelo estado do Pará e deve ser colocada em prática nos próximos meses.
O objetivo é que as empresas restaurem estes ambientes e, em troca, possam faturar mais de R$ 1 bilhão com a venda dos chamados créditos de carbono. Além de rentável, esta é uma opção para preservar o meio ambiente.
Até agora, os créditos de carbono eram gerados em áreas privadas arrendadas ou compradas pelas desenvolvedoras, sem interferência pública. No entanto, a partir do novo modelo, eles poderão ser gerados em áreas públicas, desde que parte do faturamento com a venda dos créditos vá para os governos.
No caso do Pará, por exemplo, as desenvolvedoras de crédito de carbono interessadas em assumir um projeto em Altamira têm até o final de março para enviar seus lances. Vencerá a licitação quem oferecer a maior outorga variável. Pelo menos três empresas já manifestaram interesse na área do projeto, chamada de Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu (URTX), de 10 mil hectares.
Já o governo federal vai lançar neste semestre o edital para conceder 15 mil hectares da Floresta Nacional do Bom Futuro, em Rondônia. O governo Lula quer entregar até o ano que vem cerca de 350 mil hectares de floresta pública para a iniciativa privada.
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Esta post foi modificado pela última vez em 24 de janeiro de 2025 11:45