Imagem: Ian Hitchcock/Shutterstock
O Ministério do Comércio da China anunciou neste início de ano uma série de novas políticas com objetivo de atualizar as bicicletas elétricas do país. A principal orientação é pela troca das baterias desses veículos. Saem as de íons de lítio e entram as de chumbo-ácido (SLAs).
Segundo informa o site local China Daily, as pessoas que entregarem suas e-bikes antigas e comprarem novas terão direito a subsídios. A ideia é que os modelos descartados passem por um processo de reciclagem.
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O governo da China alega que as bicicletas (que eles chamaram de) obsoletas representam um risco de segurança aos cidadãos. A pasta admite que os incêndios envolvendo baterias de íons de lítio são raros. As autoridades, no entanto, argumentam que, quando acontecem, esses incêndios são bastante perigosos.
Vale destacar que o assunto é extremamente importante no país, pois a e-bike já é uma realidade para a população local. Especialistas estimam que existem cerca de 350 milhões desses veículos de duas rodas circulando atualmente pelas ruas chinesas, principalmente nas áreas urbanas.
Por se tratar de um meio de transporte mais barato, a bicicleta elétrica se mostrou bem atraente para grande parte da sociedade. Além disso, ela evita engarrafamentos e funciona bem para distâncias menores. Uma curiosidade é que a maioria das e-bikes na China se parecem mais com o que chamaríamos de scooters e atingem velocidades de até 25 km/h. As informações são do Electrek.
Em meio às críticas sobre a menor vida útil das SLAs, já tem gente na China que defende uma espécie de terceira via, algo que uniria qualidades das duas outras opções.
Trata-se da bateria de íons de sódio. Ela tem a vantagem de segurança das baterias de chumbo-ácido, mas oferece melhor densidade de energia e vida útil. Grandes empresas, como a Yadea, apostam nesse caminho.
O problema é que ele ainda é o mais caro dos 3. Por isso que essa alternativa não se tornou tão famosa até agora. Agora, os executivos interessados garantem que essa questão pode ser facilmente vencida com estudos e mais desenvolvimento da tecnologia. Investimentos nesse sentido têm sido feitos nos últimos anos.
Sem a viabilidade dessa opção, o governo chinês aposta neste momento nas SLAs. Uma tendência que tem chances de ser copiada por outros mercados. O Olhar Digital continua de olho.
Esta post foi modificado pela última vez em 30 de janeiro de 2025 19:01