Trabalhadores processam Facebook por serviço de moderação (Imagem: Thaspol Sangsee/Shutterstock
A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou nesta sexta-feira (7) ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma petição que pede prioridade no julgamento dos processos envolvendo mudanças na política de moderação de conteúdo em plataformas digitais.
Em janeiro, a Meta — controladora do Facebook, Instagram e Threads — alterou as regras dos Termos de Uso das redes, afrouxando a definição do que pode ser considerado “conduta de ódio”.
A empresa passou a permitir, por exemplo, a associação de pessoas LGBTQIA+ a transtornos mentais, e eliminou o trecho que proibia a desumanização de mulheres com base em comparações com objetos inanimados domésticos e estados não-humanos.
A AGU diz que as alterações “violam garantias constitucionais, legais e jurisprudenciais vigentes no País e contrariam diretrizes internacionais de proteção da integridade de informação e diversos tratados de proteção de direitos humanos”.
O órgão ainda pede a inclusão de contribuições feitas pela sociedade civil durante uma audiência pública que tratou do assunto. Segundo a AGU, especialistas e entidades avaliaram que a mudança pode impactar direitos fundamentais, “especialmente em relação ao combate e à prevenção dos discursos de ódio”.
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“Revela-se premente a conclusão do julgamento, por essa Suprema Corte, do mérito do presente recurso extraordinário, a fim de que — ao definir balizas seguras para a responsabilização dos provedores de aplicações por danos decorrentes de atos ilícitos praticados por terceiros — se promova um ambiente digital seguro e caracterizado pelo respeito aos direitos fundamentais e aos valores democráticos”, defende a AGU.
Esta post foi modificado pela última vez em 7 de fevereiro de 2025 17:52