Imagem: OlenaMykhaylova/iStock
A teoria da mercadoria (conceito que analisa a relação entre o valor de uma mercadoria e o trabalho social) e a chartalista (que defende que o Estado é central na criação da moeda) são as duas mais comumente aceitas para explicar a origem do dinheiro.
No entanto, uma terceira opção acaba de ser apresentada. Ela faz parte de um novo estudo divulgado recentemente no Journal of Archaeological Method and Theory e que aponta que fatores externos teriam sido primordiais para a inovação.
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Ainda de acordo com o estudo, lingotes de bronze provavelmente desempenhavam o mesmo papel na Europa. Estes materiais eram comumente encontrados durante o período, mas precisavam de matérias-primas que só podiam ser obtidas em algumas áreas, o que fazia do comércio com regiões distantes algo fundamental.
Para facilitar a aquisição desses recursos, não se podia confiar em sistemas simples de troca, especialmente em regiões com estruturas sociais e políticas tão diversas, explicam os pesquisadores. Por isso, era necessária a adoção de um objeto de valor padronizado.
O tamanho e as dimensões dos lingotes, anéis e machados de bronze foram padronizados, permitindo que fossem usados como uma forma de dinheiro que poderia ser usada para manter o valor em diversas culturas e regiões. Esses sistemas monetários, inicialmente desenvolvidos para o comércio externo de longa distância, provavelmente teriam chegado aos sistemas econômicos internos, facilitando o comércio doméstico, a tributação e o pagamento de tributos.
Esta post foi modificado pela última vez em 12 de fevereiro de 2025 12:26