Espaçonave Odin, antes de ser acoplada ao foguete Falcon 9 que a lançou ao Espaço (Imagem: AstroForge)
Em 26 de fevereiro, foi enviado ao Espaço o primeiro minerador de asteroides do mundo. A missão Odin, da AstroForge, tinha como objetivo pousar um minerador no asteroide 2022 OB5 e coletar dados para uma futura missão chamada Vestri, que pretende pousar, futuramente, no asteroide e explorar seu potencial para mineração, mas, agora, tudo parece estar perdido.
Isso porque, segundo a AstroForge, após a Odin perder contato com a Terra horas após seu lançamento, a startup californiana praticamente jogou a toalha e acha muito difícil recuperar o minerador. “A chance de falar com Odin é mínima, pois, neste ponto, a precisão de sua posição está se tornando um problema“, explicou a empresa, em nota divulgada nesta quinta-feira (6).
“Se os painéis não se estendessem e travassem completamente, a Odin operaria com energia severamente limitada, priorizando sistemas essenciais em vez de comunicação, tentando, periodicamente, implantar painéis e estabilizar a posição”, acrescentou.
“Quanto tempo Odin pode permanecer neste modo antes de perder energia e cair depende de quanta energia os painéis são capazes de gerar nesta situação fora do nominal — de 2,5 horas a indefinidamente“, informou.
Ainda, também há a possibilidade de a espaçonave estar caindo pelo Espaço, impedindo que sua antena se fixe na Terra. “Se houver queda, podemos esperar comunicações breves ocasionais quando a antena se alinhar com a Terra — exatamente o padrão que observamos no início da missão“, disse.
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Dados de rastreamento da Odin mostra que, mesmo sem comunicação com a Terra, o dispositivo segue na trajetória planejada rumo ao asteroide-alvo. A sonda encontra-se a cerca de 435 mil km da Terra, indicando que ela já passou pela Lua.
“Isso coloca nossa espaçonave em território verdadeiramente espacial — uma conquista que poucas empresas privadas podem reivindicar”, comemorou a AstroForge, que comunicou, ainda, que seguirá, de tempos em tempos, tentando comunicação com a Odin.
Contudo, “nosso foco mudou para aplicar esses insights duramente conquistados em nossa próxima missão. Os dados que recebemos, embora limitados, provaram ser inestimáveis para entender os desafios da comunicação no espaço profundo e da operação de espaçonaves”, prosseguindo: “De muitas maneiras, Odin se tornou um pioneiro e um professor — continuando sua missão informando nossos empreendimentos futuros, mesmo em silêncio.”
Esta post foi modificado pela última vez em 6 de março de 2025 20:42