Imagem: Kristina Chizhmar/Shutterstock
Os casos de obesidade podem ser explicados por dois fatores. Os genes são responsáveis por 40% a 70% do problema, enquanto o restante está relacionado ao modo de vida adotado por cada pessoa, como alimentação e prática de exercício.
E agora, segundo um novo estudo, algo parecido acontece com os cães labradores.
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De acordo com artigo publicado por Eleanor Raffan, professora da Universidade de Cambridge, no portal The Conversation, os resultados da pesquisa indicam que os genes têm um grande efeito no peso corporal dos cachorros.
Isso é resultado da ação do principal gene de obesidade, o DENND1B. Os cães que carregam a versão problemática desse gene apresentaram cerca de 8% mais gordura corporal. Acontece que ele tem um papel na regulação do peso corporal pelo cérebro, para cães e humanos.
Este gene atua no cérebro ativando “receptores de melanocortina” para reduzir a fome e aumentar o uso de energia. O sistema impulsiona a ingestão de alimentos em tempos de fome e a reduz quando o corpo tem boas reservas de energia.
Cada um dos cinco principais genes que aumentaram o risco de ganho de peso em labradores também foram implicados na obesidade humana. Esse cruzamento não é surpreendente; tanto cães quanto humanos evoluíram para lidar com ciclos de excesso de comida e fome. Ambos têm mecanismos cerebrais que impulsionam a fome e a saciedade para garantir que a ingestão de alimentos atenda às nossas necessidades diárias de energia.
Eleanor Raffan
Esta post foi modificado pela última vez em 1 de abril de 2025 10:16