Imagem: Anatoliy Lukich/Shutterstock
Cientistas tentam desvendar há mais de 50 anos como pedras no meio do Vale da Morte se movimentam sozinhas por uma parte do deserto. Chamadas de “rochas velejantes”, elas deixam inconfundíveis rastros de até 460 metros por uma área conhecida como Racetrack Playa.
Apesar dos registros, ninguém nunca havia avistado esta movimentação pessoalmente. Mas agora, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, finalmente decifrou o que acontece.
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Os cientistas já suspeitavam que os ventos pudessem ter relação com a misteriosa movimentação das rochas, mas não conseguiam explicar exatamente como isso acontecia, especialmente nos casos das maiores pedras.
O novo estudo provou que diversos fenômenos precisam acontecer ao mesmo tempo para que a movimentação ocorra. O primeiro deles é a formação de uma fina camada de gelo sobre a praia, o que acontece durante as geladas noites do deserto após uma chuva.
Depois, é preciso que o Sol da manhã derreta o gelo e que haja fortes rajadas ventos também nestas primeiras horas. Eles ajudariam a fazer com que elas “escorregassem” pelo lago seco antes de a água evaporar.
Como o movimento é sutil e dura de alguns segundos a até 16 minutos, é possível que turistas já tenham presenciado a migração das rochas, mas não tenham percebido. Os pesquisadores também destacam que é difícil notar que uma rocha está se movendo no meio do deserto se outras, ao seu redor, se movimentarem juntas.
Esta post foi modificado pela última vez em 13 de março de 2025 14:42