Imagem: fabioderby/iStock
Já havíamos revelado a vocês há poucas semanas como as conversas que temos com a Alexa, assistente inteligente de Amazon, não seriam mais privadas, já que essas interações ficarão salvas em servidores da empresa.
Aqui no Brasil, ainda não temos a Alexa “fofoqueira”, mas nos EUA, a Amazon já desabilitou dois recursos de privacidade importantes em seus alto-falantes inteligentes Alexa para integrar capacidades alimentadas por inteligência artificial (IA) em seus dispositivos.
Desde o dia 28 de março, as gravações de áudio dos dispositivos Alexa estão sendo enviadas para a nuvem por padrão, o que pode afetar a personalização dos serviços oferecidos, conforme revela uma matéria do The Conversation.
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A mudança desativa uma configuração chamada “Não enviar gravações de voz”, que permitia processar os comandos localmente no dispositivo.
Agora, todas as gravações serão processadas na nuvem, onde podem ser excluídas ou salvas para uso posterior, como no recurso Voice ID, que personaliza as respostas de acordo com o usuário.
Além disso, caso o usuário ative a opção “Não salvar gravações”, o Voice ID deixará de funcionar, eliminando a personalização. Esse ajuste coloca os consumidores diante de um dilema entre privacidade e funcionalidades personalizadas.
A decisão da Amazon reflete sua tentativa de impulsionar a monetização de dispositivos Echo, que têm sido vendidos a preços baixos, mas não geram lucros significativos. A Amazon perdeu bilhões de dólares no projeto Echo entre 2017 e 2021, e agora aposta na IA generativa para reverter esse cenário.
Esta post foi modificado pela última vez em 1 de abril de 2025 10:36