(Imagem: Gabriel Sérvio/Criada por DALL-E/Olhar Digital)
O Alzheimer ainda não tem cura, mas um novo fármaco está um passo mais perto de retardar o avanço da doença. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na terça-feira (22) o registro do medicamento Kisunla (donanemabe), indicado para tratamento de comprometimento cognitivo e demência, sinais associados à doença.
O remédio já passou por testes em pacientes humanos e apresentou resultados importantes no tratamento. Ele já pode ser distribuído e utilizado em território nacional, com contraindicações.
De acordo com o registro da Anvisa, o Kisunla (donanemabe) é ” indicado para o tratamento de comprometimento cognitivo leve ou/e demência leve associados à doença de Alzheimer”.
O medicamento é um anticorpo monoclonal que se liga a uma proteína chamada beta-amiloide, que forma placas no cérebro. Elas são uma das principais características da doença e estão associadas à perda de memória e problemas cognitivos. O donanemabe atua ligando esses aglomerados e os reduzindo, retardando a progressão do Alzheimer.
Veja como foram os testes:
O medicamento já está autorizado para ser distribuído e utilizado no Brasil.
O donanemabe é contraindicado para pacientes fazendo uso de anticoagulantes, incluindo varfarina, ou que tenham sido diagnosticados com angiopatia amiloide cerebral (AAC) em ressonância magnética antes de iniciar o tratamento. No caso desses indivíduos, os riscos são maiores que os benefícios.
O produto é uma solução para diluição para infusão, comercializado em embalagem com 1 ampola de 20 ml. Cada ampola contém 350 miligramas de substância ativa do donanemabe.
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De acordo com a Anvisa, as reações mais comuns são relacionadas à infusão, como febre, dor de cabeça e sintomas parecidos com os da gripe.
A agência reforçou que está monitorando a segurança e eficácia do medicamento para Alzheimer, assim como qualquer outro.
Esta post foi modificado pela última vez em 23 de abril de 2025 17:12
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