(Imagem: Gguy/Shutterstock)
O Google está novamente no centro de um embate com o governo dos Estados Unidos, desta vez não apenas por seu monopólio nas buscas online, mas também por seu potencial domínio no emergente mercado de inteligência artificial (IA), como explica o New York Times.
Em uma audiência recente em Washington, o Departamento de Justiça argumentou que a gigante da tecnologia pode repetir no setor de IA as mesmas práticas anticompetitivas adotadas nas buscas — onde foi considerada monopolista em 2024.
A preocupação central é que o Google use sua liderança atual para expandir a presença do Gemini, seu chatbot de IA, de forma a limitar o espaço para rivais.
Durante a audiência, executivos da OpenAI e da startup Perplexity afirmaram que os acordos comerciais do Google com fabricantes e operadoras dificultam o acesso ao mercado para produtos concorrentes.
Em um dos casos, a Perplexity não conseguiu firmar uma parceria com uma operadora porque ela já estava vinculada contratualmente ao Google.
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Já o governo pede medidas corretivas ambiciosas, como forçar o Google a vender o navegador Chrome e compartilhar dados de buscas e publicidade com concorrentes, para garantir uma concorrência justa no setor de IA.
Segundo os promotores, o objetivo não é apenas corrigir abusos passados, mas evitar que o Google consolide um novo monopólio tecnológico.
A decisão do juiz Amit Mehta poderá ter efeitos profundos no futuro da tecnologia. Ela determinará se o Google terá liberdade para seguir liderando o desenvolvimento da IA nos moldes atuais ou se terá de abrir espaço para rivais em um dos setores mais estratégicos da economia digital.
Esta post foi modificado pela última vez em 2 de maio de 2025 16:58