(Imagem gerada com inteligência artificial via DALL-E/Vitória Gomez/Olhar Digital)
Volta ao mundo em 80 dias ficou no passado. O balão de superpressão da NASA completou sua primeira volta ao redor do globo na manhã do dia 3 de maio, após 16 dias de voo. O equipamento, do tamanho de um estádio de futebol, havia decolado de Wānaka, na Nova Zelândia, no dia 17 de abril.
A missão cumpriu todos os requisitos planejados, mas a equipe da NASA identificou vazamentos e problemas relacionados à manutenção da altitude. O voo continua e deve passar pela América do Sul em cerca de cinco dias.
Os lançamentos de balões de superpressão da agência especial americana acontecem desde 2015, com objetivo de coletar dados de alta altitude.
Segundo comunicado da NASA, o balão completou a primeira circunavegação completa do globo às 7h22 (horário leste dos Estados Unidos) do dia 3 de maio. A primeira volta ao redor do planeta é um marco importante para esse tipo de missão.
Gabriel Garde, chefe do Escritório do Programa de Balões da NASA na Base de Voo Wallops, na Virgínia, afirmou que tanto o balão quanto os instrumentos científicos a bordo “funcionaram bem durante o voo de teste”.
A missão cumpriu todos os requisitos para a qualificação do balão, mas a equipe identificou alguns problemas de desempenho e um vazamento no sistema. O resultado disso é que, apesar de manter a altitude de flutuação prevista durante o dia, o balão apresentou quedas durante a noite, principalmente em áreas mais frias e de tempestade. Pesos extras adicionados à gôndola foram usados para estabilizar a aeronave.
O balão de superpressão é descrito como um “veículo de voo pressurizado”, projetado para flutuar a uma altitude constante, mesmo com aquecimento e resfriamento entre dia e noite. Isso permite voos de longa duração em latitudes médias, no Hemisfério Sul.
O equipamento mede 532 mil metros cúbicos, o que a NASA descreve como o tamanho de um estádio de futebol.
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O objetivo principal das missões de balão da agência é testar e qualificar esse tipo de tecnologia na termosfera, uma camada da atmosfera terrestre. No caso desta missão específica, a aeronave carrega o High-altitude Interferometer Wind Observation (HIWIND), que mede o vento neutro na termosfera e pode ajudar a compreender as mudanças na ionosfera e como elas afetam nossos sistemas de comunicação e navegação.
Esta post foi modificado pela última vez em 8 de maio de 2025 11:30