Plano de reestruturação prevê cortes e novos processos até ano fiscal de 2027 (Imagem: Divulgação/Nissan)
A Nissan anunciou um plano ousado para tentar recuperar sua saúde financeira. A reestruturação inclui a demissão de mais 11 mil funcionários e o fechamento de sete fábricas até o ano fiscal de 2027.
A decisão foi tomada após a divulgação de prejuízos no faturamento da companhia. O lucro operacional totalizou 69,8 bilhões de ienes (R$ 2,63 bilhões, na conversão direta) nos 12 meses até março, queda de 88% em relação ao ano anterior.
“Diante do desempenho desafiador do ano fiscal de 2024 e do aumento dos custos variáveis, agravados por um ambiente incerto, precisamos priorizar o autoaperfeiçoamento com maior urgência e rapidez, visando lucratividade menos dependente do volume”, disse o presidente e CEO da Nissan, Ivan Espinosa, que assumiu o cargo recentemente.
As medidas visam economia total de custos de 500 bilhões de ienes (R$ 19,05 bilhões), que, segundo a empresa, vão garantir a lucratividade operacional e o fluxo de caixa livre no setor automotivo até o ano fiscal de 2026.
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Analistas consultados pela Reuters avaliam que a Nissan está “pagando o preço” pelos anos de gestão do ex-presidente Carlos Ghosn, que, segundo eles, se concentrou no volume de vendas e usou grandes descontos para tentar manter o fluxo de vendas.
No comunicado, a montadora japonesa informou que vai reformular a estratégia para se concentrar no mercado e na marca. Modelos de grande volume serão os principais impulsionadores do desempenho, segundo a empresa, nos mercados-chave: EUA, Japão, China, Europa, Oriente Médio e México.
Esta post foi modificado pela última vez em 13 de maio de 2025 22:49