Prefeitura pode contestar a decisão de 1ª instância em até 15 dias (Imagem: 99/Divulgação)
Os aplicativos Uber e 99 estão autorizados a oferecer serviços de moto na cidade de São Paulo (SP) após a Justiça derrubar ação civil pública, movida pela prefeitura da capital paulista, em janeiro.
O juiz Josué Vilela Pimenta, da 8ª Vara de Fazenda Pública, considerou improcedente o argumento da gestão Ricardo Nunes, segundo o g1. A administração municipal pode contestar a decisão de 1ª instância em até 15 dias.
Na sentença mais recente, o juiz escreveu que “nenhum motorista desta capital desconhece o comportamento, por vezes flagrantemente contrário às normas de circulação, praticado por grande parte dos motociclistas, não raro às barbas dos agentes de trânsito”.
Por isso, segundo ele, “se o número de acidentes aumenta, é claro sinal de que a fiscalização é insuficiente e/ou ineficiente”.
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Em comunicado enviado à Globo, a 99 comemorou a decisão e disse que, em dois anos de operação, “0,0003% das corridas” registraram acidentes e os resultados na capital paulista seguem os mesmos padrões de segurança no trânsito no restante do Brasil.
“Dados baseados em mais de meio milhão de viagens realizadas no período comprovaram que a 99Moto atrai principalmente moradores da periferia como alternativa rápida e mais barata de deslocamento”, escreveu a empresa. Inclusive, a empresa já está veiculando um comercial na TV, promovendo o serviço.
A Uber não quis comentar a decisão. A prefeitura de São Paulo ainda não se posicionou.
Entre os motoristas de aplicativos, a avaliação é de que a insegurança é causada pela falta de regulamentação do serviço. “Quando a gente tinha a oportunidade de regulamentar, o prefeito resolveu proibir”, argumenta Júnior Freitas, um dos líderes dos entregadores, ao g1.
Em nota enviada ao Olhar Digital, a Prefeitura de São Paulo afirmou que vai recorrer da decisão. “O Tribunal de Justiça de São Paulo, por seu Órgão Especial, não declarou a inconstitucionalidade do Decreto Municipal. O Município de São Paulo irá recorrer da sentença, proferida na data de hoje, que em momento algum autorizou o serviço de mototáxi, razão pela qual as medidas fiscalizatórias seguem sendo implementadas”, afirmou.
Também acionamos 99 e Uber, mas, até o momento, não recebemos retorno.
Esta post foi modificado pela última vez em 14 de maio de 2025 23:19