Imagem: Dotted Yeti/Shutterstock
Diversos cientistas apontam que o lixo espacial pode ser o responsável pela próxima emergência ambiental. Atualmente, a órbita da Terra está repleta de 130 milhões de fragmentos de detritos espaciais maiores que um milímetro.
Um dos efeitos deste acúmulo é a maior chance de queda deles no nosso planeta, o que geralmente ocorre em áreas mais remotas e não monitoradas. Mas uma tecnologia criada durante a Guerra Fria pode acabar servindo para combater este problema.
Leia mais
A previsão é que cerca 100 mil espaçonaves possam circundar a Terra até o final desta década. A maioria desses satélites pertencerá a um dos projetos de megaconstelação, como o Starlink, da SpaceX, que estão atualmente planejados ou sendo implantados. Já a quantidade de lixo espacial queimando na atmosfera anualmente deve atingir mais de 3.300 toneladas.
A maioria dos foguetes em uso hoje funciona com combustíveis fósseis e libera fuligem, que absorve calor e pode aumentar as temperaturas nos níveis superiores da atmosfera da Terra. A incineração atmosférica de satélites produz óxidos de alumínio, que também podem alterar o equilíbrio térmico do planeta.
Ambos os tipos de emissões também têm o potencial de destruir o ozônio, o gás protetor que impede que a perigosa radiação ultravioleta (UV) atinja a superfície da Terra. E também podem produzir anomalias significativas de temperatura na estratosfera. Outro efeito deste manto de cinzas metálicas que está se formando na estratosfera como resultado das reentradas dos satélites pode ser a interferência no campo magnético da Terra.
Estas poeiras podem enfraquecer o campo magnético, possivelmente permitindo que uma radiação cósmica mais prejudicial atinja a superfície do planeta. Quanto maior a altitude das partículas de poluição do ar, mais tempo elas permanecerão na atmosfera e mais tempo terão para causar estragos. E o tamanho destas consequências ainda é algo desconhecido.
Esta post foi modificado pela última vez em 16 de maio de 2025 09:57