Imagem: Representação feita por Marlene Donelly, via Universidade de Cambridge
Os dragões são criaturas mitológicas que fazem parte do imaginário coletivo no mundo todo. No Ocidente, pensamos em grandes répteis com asas, que cospem fogo e que quase sempre são vilões em histórias medievais. No Oriente, porém, a figura é um pouco diferente.
Na China, o dragão é reverenciado como um dos criadores do mundo. É quase sempre retratado como uma serpente gigante, sem asas, mas que voa mesmo assim. O dragão, ou long, é símbolo de poder, força, sabedoria, sorte e fortuna.
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Para você ter uma ideia do tamanho da devoção, o maior salão do Palácio Proibido, em Pequim, mantém mais de 12 mil figuras de dragões.
Sim, estamos falando de um ser mítico e fictício. A história, porém, mostra que a China já contou com uma criatura muito similar aos dragões da literatura. Tese que acaba de ser confirmada por novos fósseis de um antigo réptil marinho que viveu na região durante o período Triássico.
Apesar das semelhanças superficiais, o Dinocephalosaurus não era parente próximo dos famosos plesiossauros de pescoço longo.
Os plesiossauros evoluíram cerca de 40 milhões de anos mais tarde. Eram criaturas maiores, também de pescoço longo e que, acredita-se, foram a inspiração para o Monstro do Lago Ness.
Apesar dessa diferença, os cientistas afirmam que o “dragão chinês” foi contemporâneo dos primeiros dinossauros, que começaram a surgir justamente no Triássico. O próprio nome científico dele deixa isso claro.
Você pode ler a pesquisa na íntegra no periódico Earth and Environmental Science: Transactions of the Royal Society of Edinburgh.
Texto feito com base em uma reportagem do Olhar Digital de 23/02/2024.
Esta post foi modificado pela última vez em 22 de maio de 2025 12:05