Microplásticos foram encontradas em todas as localidades analisadas (Imagem: Uladzimir Zuyeu/iStock)
Os plásticos se tornaram um sinônimo de problema ambiental. Mas uma nova descoberta feita por pesquisadores do Riken Center for Emergent Matter Science, em colaboração com a Universidade de Tóquio, no Japão, e a Universidade de Tecnologia de Eindhoven, nos Países Baixos (Holanda), pode mudar este cenário.
Os cientistas desenvolveram um novo produto que se dissolve completamente na água do mar em poucas horas. Além disso, ele não deixa resíduos de microplásticos, o que pode ajudar na luta contra a poluição.
O trabalho descreve a criação de um plástico supramolecular formado pela combinação de dois monômeros iônicos: o hexametafosfato de sódio, um aditivo alimentar comum, e monômeros baseados em íon guanidínio. As conclusões foram apresentadas em estudo publicado na revista Science.
Os pesquisadores explicam que estas moléculas formam ligações reversíveis chamadas “pontes salinas”. Este processo garante uma alta resistência. Por outro lado, o material se desfaz rapidamente em contato com os eletrólitos presentes na água salgada.
De acordo com os cientistas, a degradação total do produto acontece em aproximadamente 8 horas. Dessa forma, a criação de uma simples fissura na superfície é suficiente para deixar a água entrar, permitindo que todo o material se dissolva.
Outra vantagem é que o plástico não libera pequenas partículas após ser degradado. Isso significa que não há risco de contaminação da fauna e da cadeia alimentar com os microplásticos. Por fim, a degradação do produto libera nutrientes como fósforo e nitrogênio, que podem beneficiar ecossistemas terrestres.
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Esta post foi modificado pela última vez em 5 de junho de 2025 13:05