(Imagem: Robert Schlie / Shutterstock)
Durante 50 anos, pequenas joias laranja recuperadas em solo lunar intrigaram a ciência. Quando as minúsculas pedras foram descobertas em uma das missões do Programa Apollo, a tecnologia não era avançada o suficiente para analisá-las detalhadamente. Mas, agora, esse mistério finalmente foi revelado, junto a segredos da própria Lua.
Entenda:
Datadas em mais de 3 bilhões de anos, as joias permaneceram, graças às condições climáticas lunares, intocadas até sua descoberta. Com menos de 1 mm de diâmetro cada, as esferas laranja são “algumas das amostras extraterrestres mais incríveis que temos”, destaca Ryan Ogliore, um dos autores do estudo publicado na revista Icarus, em comunicado.
Leia mais:
Usando tecnologias como feixes de íons de alta energia e técnicas de microscopia eletrônica, os cientistas puderam, finalmente, analisar o interior das minúsculas joias laranja. Foi preciso muito cuidado, já que, como explica a equipe, qualquer contato com a atmosfera terrestre poderia alterar os minerais na superfície das pedras.
Com diferentes tons e composições, as esferas brilhantes foram formadas em “erupções explosivas” de vulcões lunares, explica Ogliore. Com o vácuo frio da Lua, as gotas de lava se solidificaram instantaneamente, se transformando nos pequenos cristais recuperados pelos astronautas da NASA há 50 anos.
Analisar as pedrinhas foi “como ler o diário de um antigo vulcanologista lunar”, pontua Ogliore. A descoberta é extremamente valiosa, já que cada joia, com suas diferentes características, traz informações sobre a pressão, temperatura e ambientes químicos das erupções vulcânicas que se passaram na Lua há muitos e muitos bilhões de anos – bem antes de se tornar tranquila como a conhecemos hoje.
Esta post foi modificado pela última vez em 16 de junho de 2025 12:28