Empresa iniciou corridas com carros autônomos da Waymo em Atlanta (EUA) e também fechou acordos com empresas, como Pony AI e May Mobility (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)
A Uber está novamente sob escrutínio após uma segunda instituição acadêmica de prestígio — dessa vez a Columbia Business School, nos EUA, — acusar a empresa de utilizar algoritmos de precificação para aumentar seus lucros em detrimento de motoristas e usuários.
Segundo o relatório de Columbia, com base em mais de 2 milhões de solicitações e dezenas de milhares de viagens, a Uber teria implementado uma prática de “discriminação algorítmica de preços”, aumentando tarifas para passageiros e reduzindo os ganhos dos motoristas de forma sistemática e opaca.
A primeira instituição a apresentar um estudo que revelava a estratégia da Uber para lucrar mais foi a Universidade de Oxford, no Reino Unido.
O estudo britânico, publicado dias antes, apontou que motoristas no Reino Unido passaram a ganhar significativamente menos por hora após a introdução do algoritmo de “preço dinâmico” em 2023, que coincidiu com um aumento na fatia das tarifas retida pela empresa.
Nos EUA, o mecanismo equivalente — a chamada “precificação antecipada”, adotado em 2022 — permitiu à Uber elevar sua taxa de retenção de cerca de 32% para mais de 42% até o fim de 2024, segundo os autores. No Reino Unido, esse índice chega a mais de 50% em algumas corridas, segundo Oxford.
O estudo de Columbia se concentrou em 24.532 viagens feitas por um único motorista da Uber nos EUA.
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“Estou impressionado com o que a Uber conseguiu”, disse o professor Len Sherman, coautor do estudo de Columbia. “Eles descobriram como identificar quem está disposto a pagar mais e quem aceitará menos — e usaram isso para maximizar lucros”, completou.
Esta post foi modificado pela última vez em 25 de junho de 2025 20:11