Ruínas vão ajudar a recriar ‘Maravilha do Mundo Antigo’

Um grupo de arqueólogos franceses está trabalhando em um projeto grandioso. A equipe recuperou enormes blocos de pedra que estavam no fundo do mar e que pertenceriam a um dos monumentos mais famosos da antiguidade.

A iniciativa faz parte do programa Pharos, da Dassault Systèmes Foundation. O objetivo é usar os materiais originais para realizar uma reconstrução em 3D do Farol de Alexandria, uma das Maravilhas do Mundo Antigo.

Descobertas ajudarão a criar uma versão digital do monumento

As enormes pedras foram localizadas após trabalho de escavação submersa na ilha de Faros, localizada no atual Egito. No total, foram retirados do mar 22 blocos, incluindo pilastras e ombreiras de 80 toneladas, que faziam parte da porta da estrutura antiga.

Os arqueólogos também identificaram a pedra da soleira da porta e ladrilhos que compunham a base de pavimentação do monumento. E descobriram um pilone que indica que, apesar do estilo egípcio da porta, sua construção utilizava técnicas gregas.

Todas estas informações serão utilizadas agora para criar uma versão digital do Farol de Alexandria. Os dados coletados nas escavações irão ajudar no reposicionamento digital das peças. Além disso, documentos históricos serão utilizados no projeto.

Leia mais

• Texto perdido revela segredos da Babilônia
• O mistério dos Jardins Suspensos da Babilônia
• Quanto tempo durou o Egito Antigo?

Uma das Maravilhas do Mundo Antigo

• O Farol de Alexandria foi construído no século III a.C., durante o reinado de Ptolomeu II Filadelfo, filho de Ptolomeu I Sóter, um dos generais de Alexandre, o Grande.
• A estrutura servia para guiar os navios que entravam e saíam do porto de Alexandria, uma antiga cidade da região.
• Dessa forma, tornou-se fundamental para o comércio entre o Mediterrâneo e o Norte da África.
• Considerada uma das Maravilhas do Mundo Antigo, ela foi destruída por terremotos ao longo dos séculos, com os últimos desabamentos ocorrendo no século XIV.
• Parte de suas ruínas estão até hoje perdidas no mar.