Trump liberou? Nvidia vai voltar a vender para a China. E isso muda o jogo

Uma ótima notícia para a Nvidia. Segundo reportagem do The Wall Street Journal, o governo dos Estados Unidos irá emitir licenças permitindo a venda de GPUs H20 para a China. Isso significa que a fabricante de chips poderá voltar a negociar com o país.

Em abril deste ano, a Casa Branca havia endurecido as proibições de exportações para Pequim. A medida causou um grande impacto na gigante da tecnologia, reduzindo quase pela metade a participação dela no mercado chinês.

Empresa vinha pressionando por liberação

A liberação das vendas ocorreu dias antes de uma viagem do CEO da Nvidia, Jensen Huang, para a China. Recentemente, o empresário se reuniu com o presidente Donald Trump e foi advertido a não se encontrar com representantes de empresas ligadas aos órgãos militares ou de inteligência de Pequim.

Lembrando que Huang já se manifestou publicamente contra os controles de exportação dos EUA. Segundo ele, a proibição das vendas é prejudicial até mesmo para os interesses dos Estados Unidos, uma vez que incentiva a indústria doméstica de outros países, em especial da própria China.

Neste sentido, a Nvidia vinha tentando se equilibrar entre as duas principais potências globais. De um lado, garantindo que vai realizar novos investimentos em território norte-americano. E de outro, tentando manter sua participação no mercado chinês. Uma tática que parece ter dado certo.

Leia mais

• Nvidia voltará a vender chips de IA para a China com “ok” dos EUA
• Guerra dos chips: Nvidia descarta parceria com exército da China
• Senadores dos EUA pedem cautela à Nvidia em visita à China

AMD também deve ser beneficiada

• Assim como a Nvidia, a Advanced Micro Devices (AMD) também planeja retomar as vendas de seus chips MI308 para a China.
• Isso acontece porque o Departamento de Comércio dos EUA também prometeu emitir uma licença para a empresa permitindo o comércio com o país asiático.
• A companhia destacou que as restrições causaram um prejuízo de US$ 800 milhões.
• Após o comunicado, as ações da AMD subiram 5% nas negociações de pré-mercado nesta terça-feira (15).