Imagem: HikoPhotography/Shutterstock
O baiacu é um dos peixes mais fascinantes do mundo. Eles têm a capacidade de inchar o corpo quando se sentem ameaçados. Também possuem uma das toxinas mais mortais da natureza e, mesmo assim, se tornaram iguaria culinária em algumas partes do mundo.
No Japão, por exemplo, esse peixe faz parte da alta gastronomia. São poucos os chefs de cozinha que podem manejá-lo: apenas aqueles com um certificado específico. Certificado que demora dois anos para tirar – e que costuma ter um índice de reprovação superior aos 50%.
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Todo esse tempo de treino serve para ensinar o cozinheiro a remover as partes tóxicas com precisão, reduzindo os riscos para os consumidores. E não são poucas as partes comprometidas: o fígado e as gônodas (órgãos reprodutores) possuem altas concentrações de veneno. A pele do animal também guarda alguns resquícios, assim como os olhos.
Todo o cuidado é pouco, uma vez que a substância pode ser fatal para seres humanos. Então, respondendo à pergunta do título, sim, o baiacu é mesmo perigoso para consumo.
Devido ao alto risco, alguns países optaram por proibir completamente a comercialização e o consumo do baiacu. É o caso de toda a União Europeia.
No Brasil e nos Estados Unidos, não há nenhuma proibição, mas sim uma contraindicação, devido ao elevado risco de intoxicação.
No Japão, porém, o fugu, como é chamado, continua em alta, até com redes especializadas nisso. A maior parte do fugu é consumida em Osaka. O oeste do Japão, aliás, é a principal área de produção e, consequentemente, é a região onde ele é mais acessível.
Para você ter uma ideia, Osaka possui até mesmo alguns restaurantes com estrelas no Guia Michelin. São os casos dos quase centenários Yunagibashi Takoyasu e Kitahachi.
E você, se arriscaria a experimentar um desses pratos?
Texto feito com base em uma reportagem do Olhar Digital de 12/02/2024.
Esta post foi modificado pela última vez em 25 de julho de 2025 04:49