Pedras e algas no fundo do oceano (Reprodução: shipfactory/Shutterstock)
Cerca de 70% da superfície da Terra fica debaixo d’água. Mesmo assim, apenas 0,001% do que existe no fundo do mar já foi explorado pelo homem. Um dado que impressiona, mas não impede que as nossas ações prejudiquem a vida nestes locais distantes.
De acordo com especialistas, detonações de rochas, sinais estridentes de sonares, roncos de motores de navio e outros ruídos emitidos pela atividade humana estão ficando cada vez mais altos. E todo este barulho traz impactos importantes para as espécies marinhas.
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Os cetáceos, mamíferos exclusivamente aquáticos representados pelas baleias, botos e golfinhos, enviam e recebem sons complexos para se comunicar uns com os outros, navegar pelas águas, encontrar alimentos e muito mais. Os peixes e invertebrados também usam o som para essas funções, bem como para se deslocar.
É importante destacar que o som viaja mais rápido e mais longe na água (cerca de 1.480 metros por segundo) do que no ar (343 metros por segundo). Isso significa que ele percorre longas distâncias com relativamente pouca perda de intensidade ou volume, beneficiando os animais em seu habitat natural, mas também amplificando os impactos da atividade humana.
Um dos efeitos do aumento dos ruídos foi identificado em golfinhos. Segundo cientistas, os animais estão gritando para se comunicar uns com os outros em função do barulho humano. Mesmo assim, ainda apresentam dificuldade para trabalhar juntos. Já as baleias podem ficar desorientadas com os ruídos, o que pode levar a encalhes nas praias e causar fatalidades de outras maneiras.
Atualmente, existem regulamentações nacionais e regionais para controlar os níveis de ruído do oceano, mas nenhum acordo internacional neste sentido. A ONG World Wildlife Fund (WWF) defende que até mesmo uma redução de 10% na velocidade dos navios reduziria seus níveis de ruído em 40%. Um tema que ainda precisa ser discutido com maior atenção.
Esta post foi modificado pela última vez em 5 de agosto de 2025 13:29