O ator Tom Sturridge como Morpheus, o Rei dos Sonhos, em Sandman. Imagem: Sandman/Neftlix/Divulgação.
A 2ª temporada de Sandman na Netflix trouxe um final que proporcionou muita emoção e também surpreendeu os fãs. Além disso, a produção trouxe um episódio especial bônus e uma cena pós-crédito para detalhar ainda mais a história e apresentar reflexões significativas ao público.
A seguir, o Olhar Digital vai destrinchar todos esses acontecimentos para que você consiga entender detalhadamente o final da 2ª temporada de Sandman. Continue a leitura e confira!
Primeiramente, saiba que, na 2ª temporada da série, acontece um reencontro muito importante de Sonho dos Perpétuos com sua família. Após isso, ele deve encarar diversas decisões impossíveis para proteger o que ainda lhe resta.
Buscando redenção, o personagem precisa enfrentar antigos amigos e inimigos, mortais, deuses e monstros. Porém, essa trajetória em busca do perdão conta com várias reviravoltas e a absolvição pode trazer grandes prejuízos.
ALERTA! A seguir, você verá diversos spoilers em relação ao final da série.
Na série, Morpheus (Tom Sturridge), o Senhor dos Sonhos, reencontra seu filho, Orfeu, o qual ficou séculos aprisionado em forma de cabeça. Ele pede ao pai que o mate e o seu progenitor faz isso. Porém, sua atitude de aceitar o pedido gera raiva nas Fúrias, também chamadas de Benévolas.
Assim, elas começam a destruir o Reino do Sonhar como uma forma de puni-lo pelo crime de derramar o sangue familiar. Isso é proibido entre os Perpétuos. Apesar de ter feito o certo por amor ao seu filho, Morpheus sabe que quebrou uma regra sagrada e agora está sem saída.
Leia mais:
No final, ele se encontra com a própria irmã, Morte (Kirby Howell-Baptiste) e aceita o seu fim, afirmando estar cansado e, na sequência, desaparecendo em luz.
A morte de Morpheus é um acontecimento que simboliza a destruição de si próprio, algo que foi sendo construído ao longo da série, pois ele foi notando o quanto foi um ser autoritário, ausente e cruel com quem amava.
Após a morte de Morpheus, Daniel, um bebê nascido no mundo dos sonhos, metade humano e metade essência onírica, cujo havia sido concebido dentro do Sonhar ainda na 1ª temporada, e que havia sido queimado por Loki, simbolizando a destruição de sua humanidade, renasce como o novo Senhor do Sonhar.
Ele ressurge com uma aparência totalmente renovada, vestindo uma túnica branca e cercado por uma aura de pureza, representando uma nova era. Ele é a evolução de Morpheus, pois se apresenta como um ser curioso, aberto à mudança e sensível.
No encerramento da série, a cena traz um “jantar de família”, sem Destruição, que segue em isolamento. Entre os membros estão Delírio, Desejo, Morte, Desespero e Destino, além de Daniel – é claro, o novo membro do círculo. O final da produção entrega uma mensagem de eterno recomeço e de que as coisas sempre podem mudar para melhor.
Após o episódio 11, que finaliza a série, aparece uma cena pós-crédito chamada de “The Kindly Ones”. Nela, aparecem novamente as Irmãs do Destino, também chamadas de Benevolentes. Elas trazem reflexões sobre a morte, ciclo eterno da existência e vingança.
As duas aparecem diferentes, mais leves, serenas, tomando chá e falando sobre o fim inevitável de um Perpétuo. Elas não interpretam a morte como uma tragédia, mas sim parte do trabalho, pois o fim de Morpheus já estava traçado. O personagem foi ganhando mortalidade emocional e se tornando cada vez mais humano.
Elas também comentam sobre a vingança de Lyra Hall, que perdeu o filho Daniel e dizia que Morpheus era o culpado, apesar de saber que essa não era a verdade. As Fúrias se aproveitaram desse caos e dor e Lyra conseguiu a sua vingança.
Porém, perdeu o filho para sempre, já que mesmo tendo voltado, ele já não é mais o mesmo. A mensagem trazida é que a falta de controle de nossas emoções é a nossa pior inimiga.
Finalizando a cena, enquanto estão tomando um chá, uma das Fúrias lê um poema que estava dentro de um biscoito da sorte. O texto comenta sobre o ciclo da vida, morte e renascimento, passando justamente a mensagem de eterno renascimento. Daniel não é somente a continuação de Morpheus, mas sim a flor que cresceu no solo do Sonho anterior e está pronta para recomeçar toda a jornada.
No dia 31 de julho foi lançado um episódio bônus, intitulado “Morte: o alto preço da vida”. Ele não traz grande ligação ao final da série, mas foca na Morte, trazendo sua perspectiva sobre a vida mortal.
Nele, a Morte aparece em um dia de folga, algo que é dado a cada cem anos para ela viver como uma humana sob o disfarce de Didi. Nessa jornada, ela explora a vida mortal e ganha empatia com quem ela trabalha, pois consegue notar a beleza e alegria da vida.
Esta post foi modificado pela última vez em 11 de agosto de 2025 19:31