Megafoguete Starship deverá ser lançado 25 vezes por ano (Imagem: SpaceX)
Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a SpaceX anunciou nesta sexta-feira (16) que o próximo lançamento de teste do megafoguete Starship será no dia 24 de agosto. Esta semana, a empresa revelou no X (antigo Twitter) modificações feitas na estrutura do propulsor Super Heavy, o primeiro dos dois estágios que formam o complexo veicular.
De acordo com a publicação, uma das principais aletas de pouso usadas para guiar o booster de volta à Terra será removida. Além disso, o novo design do Super Heavy contará com três aletas de grade mais fortes e maiores que as das versões anteriores.
“As aletas de grade redesenhadas são 50% maiores e mais resistentes, passando de quatro para três aletas para controle do veículo, permitindo que o propulsor desça em ângulos de ataque mais altos”, diz o post.
Segundo a empresa, as estruturas também serão usadas para içar e capturar veículos, “o que foi possível graças à adição de um novo ponto de captura e um posicionamento mais baixo no elevador para alinhamento com os braços de captura da torre”.
Durante o voo 9, lançamento mais recente do Starship, realizado em maio, um propulsor Super Heavy foi reutilizado pela primeira vez (o modelo foi o mesmo que voou no sétimo teste). Uma falha geral impediu que o booster realizasse alguns testes programados para a subida e a descida, resultando na perda de telemetria seguida de uma explosão.
Já o estágio superior atingiu a trajetória suborbital planejada para cumprir as metas pendentes dos voos anteriores, mas também enfrentou problemas e acabou girando descontroladamente no espaço, o que acionou a autodestruição.
Para o próximo voo, o objetivo é ampliar ainda mais os testes do booster, com múltiplas queimas de combustível planejadas. Espera-se que o propulsor realize vários experimentos para coletar dados de desempenho em condições reais, tanto em perfis de voo futuros quanto em cenários fora do padrão.
Como na última vez, o propulsor Super Heavy conduzirá esses experimentos enquanto estiver em trajetória para um ponto de pouso no Golfo do México, em alto-mar, e não retornará à plataforma de lançamento para ser capturado pelos braços robóticos da torre Mechazilla.
Após a separação dos estágios, o propulsor deverá girar em uma direção controlada antes de iniciar a queima para retorno. Essa manobra foi demonstrada pela primeira vez no voo 9 e exige menos propelente em reserva, permitindo o uso de mais combustível durante a subida para que uma massa adicional de carga útil entre em órbita.
O estágio superior terá múltiplos objetivos no espaço, incluindo a implantação de oito simuladores de satélites, de tamanho semelhante aos satélites Starlink de próxima geração. Os simuladores seguirão a mesma trajetória suborbital da Starship e serão desativados após a reentrada na atmosfera. Também está prevista a reignição de um único motor Raptor em órbita.
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Em março, Elon Musk, dono da SpaceX, disse que o megafoguete será lançado a Marte até o fim de 2026. Em uma publicação no X, o bilionário revelou ainda que os primeiros pousos humanos podem ocorrer em 2029, caso tudo ocorra como planejado, “embora 2031 seja mais provável”.
Há poucos dias, foi anunciado que o maior e mais poderoso foguete de todos os tempos já tem seu primeiro contrato fechado para voos comerciais a Marte. Na última quinta-feira (7), Teodoro Valente, presidente da Agência Espacial Italiana (ASI), comunicou no X que a organização assinou um acordo com a SpaceX para realizar experimentos nas primeiras missões do veículo ao Planeta Vermelho.
Esta post foi modificado pela última vez em 15 de agosto de 2025 16:29