Pessoa vendo uma tabela com os níveis de colesterol - Imagem: Rawpixel.com/Freepik
Cada vez mais jovens possuem o colesterol alto no Brasil. É isso que aponta uma pesquisa realizada pela Escola de Enfermagem da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) que, segundo parâmetros da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), 27% das crianças e adolescentes brasileiros apresentam o colesterol alto e 19,2% têm alteração no LDL, que é considerado o colesterol ruim.
Apesar de praticamente não apresentar sintomas em crianças e adolescentes, o colesterol alto nessa faixa etária também é preocupante, pois pode haver o acúmulo de gorduras no sangue e nas artérias do coração, ocasionando problemas graves para a pessoa na vida adulta, como infarto.
Mas, afinal, por que tantos jovens têm colesterol alto? Nas linhas a seguir, você verá alguns dos principais motivos. Continue a leitura e confira!
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É comum que as pessoas acreditem que o colesterol alto pode estar associado às condições de sobrepeso ou obesidade. Porém, isso é um mito, pois magros também podem ter níveis elevados. Sendo assim, há outros fatores que podem contribuir para o aumento deste composto no corpo de crianças e adolescentes. Confira a seguir!
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, pais que sofreram com problemas cardiovasculares e metabólicos relacionados ao colesterol alto antes de completar 60 anos têm maior probabilidade de que seus filhos apresentem os mesmos problemas.
Por isso, se esse for o seu caso, é recomendável fazer o acompanhamento médico de seu pequeno e também estimulá-lo a realizar atividades que previnem o colesterol alto, como os exercícios físicos, além de adotar uma alimentação saudável.
Segundo fala de Conceição Sena, nutricionista do CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas Dr João Amorim), no próprio site da organização, uma dieta rica em gordura saturada e trans é um dos principais fatores para a elevação do colesterol em crianças e adolescentes.
O órgão ainda destaca que 30% do colesterol do corpo humano é obtido por meio de alimentos. Sendo assim, quem consome comidas muito gordurosas tende a aumentar os níveis desse composto.
A nutricionista ainda complementa dizendo que o consumo de fast food e outros alimentos ultraprocessados diariamente podem contribuir para o aumento dos níveis de colesterol. Por isso, é essencial que os pais estejam atentos à alimentação dos filhos e incentivem a ingestão de comidas naturais, como frutas, grãos integrais, legumes, vegetais e outros produtos menos gordurosos.
Jovens que não se movimentam, ou seja, não realizam nenhum tipo de atividade física, têm maior probabilidade de ter suas taxas de colesterol elevadas. Isso porque, conforme a Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde, os exercícios físicos são responsáveis por queimar o colesterol ruim (LDL) e aumentar o bom (HDL).
Um ponto importante ainda neste tópico é a utilização excessiva de telas, como TV, iPad, videogame e smartphones, pois esses dispositivos podem fazer com que o jovem fique horas entretido com eles e não pratique uma atividade física.
Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, mostrou que a privação do sono (dormir menos de seis horas por noite) em crianças entre cinco e sete anos pode resultar em diversos problemas, como doenças do coração e obesidade.
Consequentemente, a obesidade abdominal tem chances de estar ligada o aumento do colesterol que pode se acumular nas artérias de crianças e até mesmo adolescentes.
Esta post foi modificado pela última vez em 14 de agosto de 2025 18:47