(Imagem: Artyom Sobolev/Shutterstock)
O Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), em Belo Horizonte, determinou nesta segunda-feira (18) que o Google deverá implementar medidas para coibir e sinalizar vídeos no YouTube com práticas de publicidade infantil consideradas abusivas. A medida vem após a publicação do vídeo do youtuber Felca denunciando casos de “adultização” na internet.
A decisão estabelece que a empresa tem 60 dias para atender às novas regras. O Google, que controla o YouTube, pode recorrer.
A decisão atende parcialmente a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) de 2016, que já questionava a veiculação de propagandas e promoções estreladas por menores de idade no YouTube.
O Google tem 60 dias para atender às novas regras, que incluem:
A empresa ainda pode recorrer. O Olhar Digital entrou em contato com o Google, que disse que não irá se pronunciar.
A medida vem após o vídeo intitulado “adultização”, do youtuber Felca, publicado na plataforma no início do mês. Nele, o criador de conteúdo chama a atenção para conteúdos envolvendo menores de idade em situações de conotação sexual e de exposição.
De acordo com Felca, um dos responsáveis por isso seria o influenciador Hytalo Santos. O caso está sendo investigado e Santos foi preso na semana passada.
Segundo o g1, o juíz federal Gláucio Maciel defendeu que a decisão não se trata de controle prévio dos vídeos publicados no YouTube, mas sim uma forma de criar mecanismos de alerta e denúncia para outros usuários.
Maciel também destacou que a medida é de baixo custo técnico, não representa censura e busca assegurar a proteção da criança e do adolescente, conforme previsto na Constituição brasileiro e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Leia mais:
O Olhar Digital deu os detalhes aqui.
Esta post foi modificado pela última vez em 18 de agosto de 2025 18:57