Aos advogados, o acordo pode render até US$ 9 milhões (R$ 49 milhões) em honorários (Imagem: SpVVK/iStock)
A juíza Susan van Keulen, do tribunal federal de San Jose, Califórnia (EUA), vai avaliar a proposta do Google de pagar US$ 30 milhões (cerca de R$ 165 milhões) para encerrar uma ação coletiva que acusa a plataforma de coletar informações pessoais de menores de idade sem consentimento — e enviar anúncios direcionados.
Apesar de defender um acordo, a big tech nega qualquer irregularidade. Na ação, pais e responsáveis acusam o Google de atraí-las com desenhos animados, canções de ninar e outros conteúdos para ajudar a coletar os dados. As informações são da Reuters.
Em janeiro, a juíza rejeitou um trecho da acusação que citava produtoras de conteúdo, como Hasbro, Mattel, Cartoon Network e DreamWorks Animation, alegando que não há evidências de vínculo das marcas com a suposta prática da big tech. A partir daí, teve início a mediação, que levou ao acordo mais recente.
A ação contempla entre 35 milhões e 45 milhões de crianças estadunidenses menores de 13 anos que assistiram ao YouTube entre 1º de julho de 2013 e 1º de abril de 2020. Se 1% a 2% apresentarem reivindicações, o valor recebido por cada uma vai variar de US$ 30 (R$ 164) a US$ 60 (R$ 329) cada, antes de deduzir custos legais, de acordo com a reportagem.
Aos advogados, o acordo pode render até US$ 9 milhões (R$ 49 milhões) em honorários. Vale lembrar que a Alphabet, controladora do Google, registrou lucro líquido de US$ 62,7 bilhões em receita de US$ 186,7 bilhões (R$ 344,8 bilhões) no primeiro semestre de 2025.
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“O YouTube alardeou sua popularidade entre crianças para potenciais clientes corporativos”, disse o presidente da FTC, Joe Simons, à época. “No entanto, quando se tratou de cumprir a COPPA, a empresa se recusou a reconhecer que partes de sua plataforma eram claramente direcionadas a crianças. Não há desculpa para as violações da lei pelo YouTube.”
Esta post foi modificado pela última vez em 20 de agosto de 2025 01:16