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A Coreia do Norte, sempre que pode, procura demonstrar seu poderio militar com o lançamento de mísseis. A última demonstração ocorreu no dia 24 de agosto, quando dois mísseis de defesa aérea de curto alcance foram disparados, segundo matéria no Euronews.
Mas a verdade é que pouco sabemos sobre a capacidade de combate do país, que é um dos mais fechados do mundo. No entanto, em comunicado da Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA), os dois mísseis lançados têm “capacidade de combate superior”.
No comunicado, a KCNA, agência de notícias oficial do governo norte-coreano, não divulga detalhes de seus mísseis, mas afirma que seu “modo de operação e reação é baseado em tecnologia única e especial”, afirma o Euronews. A agência também não divulgou onde o lançamento ocorreu.
Apesar da dificuldade em comprovar as informações sobre o parque militar do país, relatório do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) publicado em agosto, traz luz em relação ao poderio dos armamentos em poder do governo norte-coreano, inclusive alertando para a construção “de uma série de bases de operação de mísseis não declaradas”, indicando que não existe nenhum esforço pela desmilitarização do país.
O relatório traz informações que a Coreia do Norte construiu uma base militar secreta próxima à fronteira com a China, de onde, possivelmente, sairiam mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) com capacidade nuclear. Esses mísseis poderiam alcançar os Estados Unidos, Europa e Austrália, segundo a CSIS.
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Eles representam uma ameaça nuclear potencial para o Leste Asiático e para os Estados Unidos continentais.
Trecho do relatório da CSIS, publicado no site ABC News da Austrália.
A base é uma das até 20 instalações de mísseis nunca declarados pela Coreia do norte, afirma o CSIS.
O CSIS explica em seu relatório que a base de mísseis de Sinpung-dong, localizada a apenas 27 quilômetros da fronteira com a China, deve conter entre “seis e nove mísseis balísticos intercontinentais Hwasong-15 e Hwasong-18, com seus respectivos lançadores ou transportadores”.
O Hwasong-15, ou KN-22, tem cerca de 22,5 metros de comprimento e alcança alvos a até 13 mil quilômetros de distância. O míssil, segundo a Euronews vem sendo desenvolvido desde 2017, quando houve seu primeiro lançamento e, segundo relatos, “voou por 53 minutos e 4475 quilômetros até cair próximo à costa do Japão.
Mas a Coreia do Norte possui outros mísseis:
Esses mísseis, de acordo com a Federação de Cientistas Americanos (FAS) podem conter artefatos nucleares. A FAS, em 2024, estimou que a Coreia do Norte “teria material suficiente para produzir até 90 ogivas nucleares”, explica a Euronews.
No entanto, é bom reforçar que essas informações são estimativas, já que é quase impossível saber ao certo a quantidade de mísseis em poder da Coreia do Norte.
Esta post foi modificado pela última vez em 2 de setembro de 2025 12:22